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Foi o Francisco que pediu ao pai para ir à pesca

Menino de 13 anos tinha o colete vestido, mas não se salvou. Dois homens continuam desaparecidos após tragédia em Tróia.

08 de abril de 2024 às 11:19
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Primeiras imagens mostram barco que engoliu quatro pessoas em Tróia

Ricardo terá ido para o mar no sábado. O filho Francisco queria acompanhá-lo, mas já não havia lugar na embarcação que era de maiores dimensões e tinha mais condições de segurança.

Decidiram então voltar no dia seguinte. O ‘Lingrinhas’ é um barco mais pequeno e com um preço de aluguer por pessoa. Ricardo combinou com o timoneiro que seriam quatro pessoas a embarcar: ele, o filho de 13 anos, e os dois irmãos que há muitos anos o acompanhavam.

Estavam a pescar a cerca de uma milha e meia da costa quando a tragédia aconteceu. O mar engoliu o barco em segundos e arrastou-o para o fundo, onde este domingo mergulhadores forenses fizeram buscas. Não havia corpos presos aos destroços, nem nas proximidades.

Falta também ainda perceber se os tripulantes tinham coletes salva-vidas. Um deles já se sabe que não: o homem cujo corpo foi resgatado não tinha aquele equipamento quando o corpo foi retirado da água.

Já o menino tinha o colete vestido, mas aquele não o salvou. Só a autópsia dirá se ainda se tentou salvar ou se morreu imediatamente após ter sido engolido pela onda e pelos destroços.

A investigação às mortes está a cargo da Polícia Marítima de Setúbal e foi comunicada no domingo ao Ministério Público, para a remoção dos corpos e realização de autópsia.

A abertura de um inquérito por acidente marítimo foi feita esta segunda-feira pelo capitão do Porto de Setúbal, comandante Serrano Augusto.

As buscas pelas duas pessoas que ainda se encontram desaparecidas foram coordenadas pelo capitão do Porto e comandante local da Polícia Marítima de Setúbal, Serrano Augusto, tendo sido empenhadas, por mar, uma embarcação da Polícia Marítima de Setúbal e uma embarcação da Estação Salva-Vidas de Sesimbra. Foi também mobilizado o navio ‘Viana do Castelo’. Em terra participaram nas buscas elementos dos Bombeiros Voluntárias de Grândola e da GNR da Comporta. A Força Aérea pôs no ar dois helicópteros.

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