Renato Silva foi atingido a tiro na cabeça pelo terrorista, em Carcassonne, França.
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Renato Silva agarrou-se à vida desde o primeiro instante. O português de 26 anos, natural de Coimbra, foi a primeira vítima de Radouane Lakdim na passada sexta-feira. O terror começou em Carcassonne assim que Renato, a finalizar um curso de hotelaria em França, foi atingido a tiro quando parou o seu carro na estrada.
Foi arrastado para a rua e ainda ouviu um outro disparo contra o amigo que seguia no lugar do pendura. Este não sobreviveu. Renato ligou para a mãe a pedir ajuda e entrou em contacto com a polícia, assegurou um amigo da família ao CM. Acionou a sua localização no telemóvel e foi assim – por GPS – que o vieram a encontrar, ainda consciente.
Agora está em coma induzido no hospital de Perpignan, a lutar pela vida depois de ter sido atingido na cabeça pelo terrorista. Ana Silva tinha já confidenciado ao CM que o filho só perdeu os sentidos quando chegou ao hospital. "Ele fez o que pôde para viver. Nunca desistiu. Ligou à mãe, mas não sabia onde estava e ainda falou com a polícia e foi através do GPS que conseguiram encontrá-lo", diz Manuel Correia, amigo de Duarte e Ana Silva, pais de Renato.
O carro do jovem português foi levado pelo terrorista cerca de dez quilómetros até ao supermercado Super U, em Trèbes, onde morreram mais três pessoas. Outras 16 ficaram feridas. Renato é considerado o ferido mais grave do atentado de sexta-feira. Os médicos tentam agora perceber se é possível uma intervenção cirúrgica e qual a altura certa para lhe ser retirada a bala que está alojada na cabeça.
Os pais têm sido apoiados pela família. Ana e Duarte não saem do hospital de Perpignan durante o dia, onde falam com os médicos. O consulado português está a ajudar com despesas de alimentação e alojamento. Estão a receber tratamento psicológico.
Cordão humano para apoiar Renato
Ao final da tarde de ontem, 140 pessoas já tinham confirmado a sua presença e 362 mostravam interesse em ir. O apelo dos organizadores é que os presentes usem uma t-shirt com a fotografia de Renato Silva e se possível uma vela.
Pedido de libertação de terrorista
Segundo o magistrado, foi confirmada a prisão preventiva de uma amiga de Radouane Lakdim, bem como a custódia de um menor ligado ao terrorista morto pela polícia.
Herói será homenageado
Recorde-se que o oficial desta força de segurança foi morto pelo terrorista Radouaen Lakdim, quando se ofereceu para substituir uma mulher sequestrada pelo terrorista marroquino num supermercado em Trèbes, no sul de França.
A autópsia ao cadáver aponta que o oficial foi atingido com três tiros pelo terrorista, que o degolou em seguida. Mal foi conhecida a confirmação da morte do tenente-coronel Beltrame, o presidente francês Emanuel Macron prometeu que o país se curvaria perante a memória do oficial, marcando agora a cerimónia pública para sexta-feira, na zona de Invalides, em Paris.
Trata-se de uma zona da capital francesa onde são feitas muitas homenagens públicas, como aconteceu com Simone Veil, em 2017.
PORMENORES
Família usa internet
A família de Renato Silva tem usado a página familiar na rede social Facebook para dar novidades a outros parentes, e amigos do jovem, sobre a evolução do estado de saúde do mesmo.
Mensagens de apoio
A mesma página de Facebook tem sido inundada por mensagens de solidariedade de internautas em França e em Portugal. Todas convergem no apoio a Renato Silva.
Acabou o curso
Só depois de se formar em 2015, na Escola Superior de Educação de Coimbra, é que Renato Silva deixou Portugal. Foi para França juntar-se ao pais que lá estavam emigrados.
Em silêncio desde janeiro
Desde janeiro que, garante a procuradoria de Paris, Radouaen Lakdim e a amiga agora presa não tinham contactos físicos. Não se descarta, no entanto, a troca de mensagens por aplicações de telemóvel.
Mantém-se internado
Desde sexta-feira que Renato Silva luta pela vida na unidade de Neurocirurgia do hospital de Perpignan, em França.
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