Homem acusa militar de o atacar com uma catana e diz que há quatro anos não dorme descansado.
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"Não me lembro da última vez que dormi descansado". A frase resume o sentimento que tem acompanhado Manuel Cabeças nos últimos quatro anos.
Em agosto de 2015, depois de anos de desavenças com o vizinho, na altura cabo da GNR, o homem, agora com 45 anos, regressava a casa quando foi atacado, na aldeia de Santa Catarina de Sítimos, em Alcácer do Sal.
"Estava escuro e lembro-me de estranhar o facto do único poste não ter luz. Pressenti um vulto e fui atacado com um pau. Virei-me e defendi-me", contou ao CM. Depois, Manuel Cabeças e António Máximo Silvestre, agora com 63 anos e reformado, envolveram-se numa luta corpo a corpo.
Vizinho atacado à catanada por cabo da GNR em fuga constante por medo de novo ataque
Após o crime, Manuel teve de fugir para Albergaria, em Alcácer do Sal. Desde então, vive em sobressalto, usando abrigos de amigos. Garante não poder voltar a Santa Catarina de Sítimos.
Escreve o Ministério Público que Máximo – acusado de homicídio tentado e ameaça agravada – tentou atingir Manuel na cabeça, com uma catana. "Vejo vir a catana em direção à cabeça e ponho o braço à frente. Fiquei com a mão pendurada", conta ao CM. Manuel tentou fugir. "Levei três golpes em cada perna e outro na omoplata e caí", explica.
Foi o cão da vítima que se apercebeu e mordeu a perna a Máximo, que fugiu. O ex-militar entregou-se no posto da GNR de Alcácer do Sal, onde alegou legítima defesa. Na busca domiciliária à casa do ex-cabo, foram encontradas mais de 100 armas de fogo legais e caixas de munições cuja proveniência está a ser investigada.
O próprio arguido admite serem oriundas da carreira de tiro da GNR. Máximo já esteve em prisão domiciliária, mas agora está em liberdade.
PORMENORES
Queixas contra militares
Em 2016, Manuel apresentou queixa por perseguição e ameaça contra António Máximo. A vítima acusa um sargento da GNR de esconder declarações de várias testemunhas.
Julgamento atrasado
O julgamento ainda não se realizou porque a vítima recusa-se a deslocar até ao Instituto de Medicina Legal de Santiago do Cacém para ser examinado.
Filhas institucionalizadas
Manuel Cabeças sempre teve a guarda das filhas, ainda menores, mas em fevereiro de 2019 a Segurança Social levou-as.
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