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Julgamento da Operação Pretoriano arranca a 17 de março

Fernando e Sandra Madureira serão julgados no Tribunal de São João Novo, no Porto.

04 de fevereiro de 2025 às 17:03
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Julgamento da Operação Pretoriano arranca a 17 de março

O julgamento de Fernando e Sandra Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano, terá início no dia 17 de março, no Tribunal de São João Novo, no Porto.

A juíza recusou as 54 testemunhas de defesa apresentadas pelos dois arguidos, aceitando apenas as 20 que a lei permite.

O casal Madureira e os restantes arguidos da Operação Pretoriano foram acusados de 31 crimes. A juíza Filipa Azevedo considerou que existem indícios "fortes" de que Fernando e Sandra cometeram vários crimes na assembleia do FC Porto, em novembro de 2023, e aponta o casal como mentores do que ali aconteceu.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.

"Os arguidos agiram de forma organizada, aturaram em grupo, tal como mostram as imagens e as mensagens. Tinham um objetivo comum: a aprovação dos estatutos”, afirmou a juíza no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, em dezembro de 2024. A magistrada defendeu a tese da acusação de que era necessária a aprovação dos estatutos para que o então chefe dos Super Dragões e a mulher e antiga vice-presidente da claque continuassem com o negócio da venda de bilhetes.

Imagens de vídeos amadores, das câmaras de videovigilância e também testemunhos de mais de 40 pessoas, entre sócios, funcionários de FC Porto e jornalistas que foram ameaçados constituem vários meios de prova que existem no processo e que foram elencados pela magistrada.

“Os testemunhos são fiéis e convincentes, nada coloca em causa a sua credibilidade. As provas são fortes. Os arguidos foram ouvidos na instrução em traços gerais a desvalorizar a gravidade dos acontecimentos e aligeirar o seu grau de participação nos factos”, considerou a juíza.

O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional do clube são assistentes da Operação Pretoriano, desencada a 31 de janeiro de 2024, no âmbito da investigação aos desacatos na Assembleia Geral dos 'azuis e brancos' e resultou na detenção de 12 pessoas.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações aos Super Dragões.

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