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Plataforma estima 15 mil elementos da PSP e GNR em manifestação histórica

Manifestantes exigem um suplemento de risco idêntico ao da PJ.

24 de janeiro de 2024 às 18:57

Milhares de elementos da PSP e da GNR desfilaram esta quarta-feira entre o Largo do Carmo e a Assembleia da República numa marcha praticamente em silêncio, sendo esporadicamente interrompida por palmas, assobios e pela entoação do hino.

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Polícia unida jamais será vencida Cânticos e assobios de milhares de agentes na Assembleia da República

Estima-se que cerca de 15 mil elementos da PSP e da GNR tenham participado nos protestos, o que faz desta uma manifestação histórica.

Os primeiros manifestantes chegaram à Assembleia da República cerca das 19h30, uma hora depois de terem iniciado o percurso, enquanto o final da manifestação ainda estava a alguma distância, na Calçada do Combro.

À frente da Assembleia da República, os manifestantes gritaram "Polícia Unida jamais será vencida".

Quando o desfile chegou ao largo em frente ao parlamento foi aplaudido por centenas de outros elementos das forças de segurança que os esperavam.

Foi também aplaudido o agente da PSP Pedro Costa - cujo nome foi entoado em diversas ocasiões - que há mais de duas semanas iniciou sozinho o protesto em frente à Assembleia da República e originou um movimento que se alargou ao resto do país.

A manifestação desta quarta-feira foi organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana.

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Milhares de polícias em protesto nas ruas de Lisboa

Esta plataforma foi criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança e o protesto surge na sequência "da luta pela dignificação das carreiras da PSP e GNR, que os sindicatos e associações consideram que têm sido desconsideradas pelo Governo, com a 'machadada final' a ser a secundarização da PSP e GNR na atribuição do suplemento de missão da PJ".

Os manifestantes começaram cerca das 18h30 a dirigir-se para a Assembleia da República e na frente do desfile está uma faixa onde lê "polícias unidos".

A maior parte dos manifestantes, homens, vestem camisolas pretas e são visíveis algumas bandeiras de Portugal.

Os polícias da PSP e militares da GNR estão há mais de duas semanas em protestos por todo o país, mas a manifestação desta quarta-feira pretende ter maior visibilidade, numa ação organizada por uma plataforma dos sindicatos da Polícia e associações da Guarda.

Bruno Pereira, da Plataforma e presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Policia, disse à Lusa que a grande adesão ao protesto mostra a dimensão do descontentamento dos profissionais das forças de segurança.

O responsável salientou a presença de outras organizações não policiais, que aderiram a uma causa "que transcende os polícias e é uma causa nacional".

Bruno Pereira realçou a importância "do pilar fundamental" que são as forças de segurança, disse que os policias não podem admitir continuar a ser tratatos como até agora, e frisou que o importante é que os partidos dialoguem com a plataforma e assumam as reivindicações dos polícias como uma prioridade.

Bruno Pereira adiantou que já estão reuniões marcadas com alguns partidos.

É a primeira vez que o sindicato que representa oficiais da PSP está presente numa manifestação de policias, tendo Bruno Pereira considerado importante a presença dos oficiais.

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