Chamas começam a ceder mas risco ainda é elevado. Um dos feridos está em estado grave.
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O grande incêndio de Monchique entrou esta quinta-feira no 7º dia com 1450 bombeiros, 470 veículos e dois meios aéreos. Ao início da noite, o número de feridos subiu para 39, um em estado grave, sendo que 21 dos quais são bombeiros, segundo avançou a 2.ª comandante operacional nacional da ANPC, Patrícia Gaspar, num novo balanço.
"Há um desagravamento do vento, mas o risco de incêndio continua elevado para esta sexta-feira. Houve pessoas que já regressaram espontaneamente para as suas habitações em Silves. O incêndio está globalmente estabilizado", sublinhou Patrícia Gaspar, esta quinta-feira à noite.
O incêndio já queimou perto de 27 mil hectares, de acordo com a última atualização disponibilizada pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS). O perímetro do incêndio de Monchique já ultrapassou os 100 quilómetros.
Durante a tarde de quarta-feira, tal como a Proteção Civil previu, o fogo descontrolou-se devido aos ventos e acabou por atingir Silves. Mais de uma dezena de localidades foram evacuadas num total de cerca de 100 pessoas retiradas de suas casas.
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O perímetro do incêndio já atingiu os 100 quilómetros. A Proteção Civil atualizou ainda o número de feridos em 36, mantendo-se apenas um grave, dos quais 19 são bombeiros com ferimentos leves devido à exaustão, inalação de fumos e pequenos entorses.
O ferido grave é a idosa que foi transportada para o Hospital de São José, em Lisboa.
"É um momento de grande stress para as pessoas. Entendam o nosso papel", afirma Patrícia Gaspar acrescentando que a salvaguarda das pessoas é prioridade. Cerca de 299 pessoas foram retiradas de casa com antecedência para prevenção. Estas pessoas estão distribuídas por centros de apoio em Portimão, a vila de Monchique e Marmelete (no mesmo concelho), Silves e São Bartolomeu de Messines.
"É fundamental que as pessoas sigam os conselhos das autoridades", vincou a comandante.
O incêndio poderá voltar a agravar-se, tal como aconteceu nos últimos dias devido às condições meteorológicas.
"O nosso grande adversário é o vento", apontou a comandante admitindo a possibilidade de reativações esta tarde, apesar de estarem a ser efetuadas medidas de prevenção para que tal aconteça.
De acordo com o balanço da Proteção Civil, os meios aéreos vão ser reforçados ao longo do dia consoante necessidade.
Mais de 23 mil hectares destruídos
De acordo com os dados europeus, no incêndio que começou em Perna da Negra (Monchique) tinham ardido até esta quinta-feira de manhã 23.478 hectares, mais de metade dos 41 mil que o fogo destruiu na mesma região em 2003, nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
O fogo de Monchique (Algarve) já destruiu quatro vezes mais do que a área ardida este ano até 15 de julho (5.327 hectares).
Vento vai diminuir a partir de sábado
O vento, que tem tido "bastante influência" na propagação do fogo no Algarve, deverá começar a diminuir a partir de sábado, disse à Lusa a meteorologista Joana Sanches, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
"O vento vai continuar a soprar com alguma intensidade durante o dia de hoje, principalmente durante a tarde, quer no litoral oeste, quer nas terras altas, prevendo-se que comece a diminuir a partir de sábado", disse Joana Sanches.
Os próximos dias deverão, no entanto, contar com temperaturas mais elevadas, mas a humidade relativa, que "também é um fator a ter em conta no risco de incêndio", vai baixar na sexta-feira e no sábado, principalmente na região sul.
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