Líder de instituição concorrente terá contratado homicidas.
Uma disputa por utentes e pela atribuição de apoios esteve, em outubro do ano passado, na origem do homicídio a tiro de José Luís Jesus, presidente da associação Paz e Sorrir – de apoio a toxicodependentes e sem-abrigo –, em Lamelas, Santo Tirso. A acusação do Ministério Público dá conta de que o homem, de 48 anos, foi assassinado pelo líder de outra associação da mesma freguesia e com as mesmas valências.
Terá pago 1500 euros a dois homens, ambos utentes da associação de José Luís Jesus, para que o ajudassem a matar o seu rival. Estão todos agora acusados de homicídio qualificado, profanação de cadáver e roubo.
Apenas os dois utentes – Elisson, de 38 anos, e Alfredo, de 51 – estão na cadeia. Foi um deles que já preso revelou que o crime tinha sido planeado pelo líder da outra associação de Lamelas.
Queria atrair mais utentes para a sua instituição e assim receber mais apoios do Estado. O homem, arguido no processo, nega o envolvimento. A acusação diz que, a 6 de outubro do ano passado, os dois utentes da associação combinaram um encontro com José Luís na rua. Desferiram-lhe várias pancadas na cabeça com um taco de basebol e esfaquearam-no na barriga. Levaram-no de carro até ao Alto de Nossa Senhora da Assunção, onde terá surgido o líder da outra associação, que matou a vítima com um tiro no peito.
Atearam fogo ao carro, tendo o corpo da vítima ficado carbonizado. Elisson e Alfredo terão roubado o dinheiro de um peditório, que José tinha com ele.
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