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Mulher rapta e ameaça matar filha menor

Andou três anos clandestina por vários países. Guarda era da avó.

21 de fevereiro de 2019 às 01:30

Com problemas psiquiátricos e sem estabilidade financeira para cuidar da filha, a mulher de 29 anos viu o tribunal tirar-lhe a guarda da menina de oito anos, em 2016, entregando-a à avó materna.

Enganou a sua mãe e raptou a criança. Andaram clandestinas por vários países europeus. A mulher teve mesmo uma outra filha, agora com ano e meio. Três anos após o rapto, a PJ de Setúbal localizou a fugitiva com as crianças, em Nancy, França.

"Andávamos no seu encalço desde que raptou a filha. É rapto porque ameaçava a mãe [avó da menina de 11 anos] para que esta abdicasse, junto do tribunal, da guarda", explicou ao CM o diretor da PJ de Setúbal, Vítor Paiva. A mulher manteve contacto com amigos da Quinta do Conde, Sesimbra, e a PJ seguiu-a.

O CM sabe que a mulher dizia que se a filha não fosse dela não seria de mais ninguém, ameaçando que a arrastava para a morte.

Chegaram a ser intercetadas na Letónia, mas fugiram do centro de acolhimento. Há relatos de passagens pela Suécia, Alemanha, França e, principalmente, Espanha e Andorra. Algures no meio a mulher teve outra filha.

Com um mandado de detenção europeu em seu nome, não terá procurado hospitais, nem escolas. Sem emprego fixo, a mulher vivia de dinheiro que extorquia à mãe: ameaçava de que nunca mais ia ver a neta.

A fuga acabou num hotel em Nancy. A mulher aguarda extradição para Portugal e a sua mãe já está em França para trazer as netas. A mais velha ser-lhe-á entregue rapidamente. O processo da mais nova é mais demorado.

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