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"Não consigo neste relatório identificar nenhuma correlação": ministra sobre mortes por alegadas falhas no INEM

"Temos de nos encontrar com a secretária-geral do ministério da Saúde para definir um modelo que nunca falhe neste tipo de comunicação", acrescentou.

27 de fevereiro de 2025 às 16:25
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'Não consigo neste relatório identificar nenhuma correlação': ministra sobre mortes por alegadas falhas no INEM

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reagiu, esta quinta-feira, ao relatório preliminar da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS). "Não consigo neste relatório identificar nenhuma correlação", disse a ministra sobre as mortes por alegadas falhas no INEM.

Ana Paula Martins disse que tem de existir um pré-aviso de greve às autoridades da saúde e tomar medidas nesse sentido. O INEM tem a necessidade de melhorar naquilo que são os procedimentos de convocação de serviços mínimos.

Neste momento existe um relatório que "nos dá alguma luz em termos de organização do trabalho", disse Ana Paula Martins. 

A IGAS é muito clara no relatório que apresentou e acrescentou que "temos de nos encontrar com a secretária-geral do ministério da Saúde para definir um modelo que nunca falhe neste tipo de comunicação", acrescentou.

A ministra rejeitou tirar ilações políticas na sequência do relatório da IGAS sobre as greves no INEM, mas reconheceu a necessidade de alterar procedimentos de comunicação no seu ministério. "Não me parece que possamos, neste momento, tirar ilações políticas", afirmou Ana Paula Martins aos jornalistas, um dia depois de ser conhecido o relatório preliminar da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que analisou o impacto das greves dos técnicos de emergência em 2024.

Esta inspeção concluiu que o INEM ficou impedido de definir os serviços mínimos por não ter recebido atempadamente do Ministério da Saúde os pré-avisos dos sindicatos.

A ministra recordou também que estão em curso mais dois processos, um de inquérito a cargo do Ministério Público e outro de inspeção por iniciativa da IGAS para apurar os factos sobre os "desfechos fatais que ocorreram nesses dias".

"Nós não podemos precipitar conclusões antes de termos essa informação e esses relatórios", referiu a governante, ao reiterar que, em funções das conclusões que vierem a ser conhecidas, assumirá as suas responsabilidades.

"Perante os resultados que vierem a ser apresentados, saberei naturalmente, em conjunto com o Governo de que faço parte, tomar as decisões que forem as mais adequadas, sendo certo que é obvio que jamais me furtarei a qualquer tipo de responsabilidade de natureza política", afirmou.

Questionada sobre as críticas de que tem sido alvo de vários partidos, esta quinta-feira, alguns dos quais a pedirem a sua demissão, Ana Paula Martins não quis comentar, alegando que "estão no seu direito", no âmbito da sua ação política.

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