Advogado rejeita existência de pacto corruptivo.
'Não há prova de que recebeu um euro que seja': Defesa de Patrocínio de Azevedo pede absolvição do ex-vice de Gaia
O advogado de Patrocínio Azevedo defendeu esta quarta-feira, nas alegações finais da operação Babel, que o ex-autarca não cometeu qualquer crime. Entende a defesa do antigo vice-presidente da Câmara de Gaia que este tem de ser absolvido de todos os crimes.
“O Patrocínio para mim é o Miguel e o Miguel passou um calvário com esta monstruosidade. Não concebo que alguém tenha estado preso quase dois anos porque se presumiu que recebeu dinheiro. Não há prova nenhuma do recebimento, da aceitação de 99600 euros, aliás de um euro que seja. Não há qualquer prova do crime de corrupção”, alegou o advogado André Fontes.
Nas alegações, a defesa do ex-autarca lançou duras críticas ao Ministério Público, que diz não ter prova de qualquer suborno em troca de favorecimentos aos projetos do grupo Fortera. “Não há uma única interceção que diga que o arguido Patrocínio Azevedo pediu um cêntimo que seja. O MP confunde pacto de silêncio com inexistência de prova, é o que verificamos nestes autos, uma total inexistência de prova, de qualquer prova de um ato corruptivo por Patrocínio Azevedo”, defendeu André Fontes.
A defesa do antigo ‘vice’ argumentou ainda que os procuradores retiram segundas interpretações das escutas telefónicas. “O MP sustenta a existência de um pacto corruptivo no projeto Riverside com base numa SMS. Torna-se essencial que este indício não seja alvo de outras interpretações. Esta SMS está num contexto de uma visita à zona industrial de Sandim. Como é que desta mensagem o MP retira que 100 mil metros quadrados são 100 mil euros?”, questiona a defesa.
André Fontes defendeu ainda que Patrocínio Azevedo sempre tentou ajudar os munícipes. “O engenheiro Patrocínio se não fosse tão voluntarioso não estava aqui. Ele está aqui porque tentou resolver os problemas das pessoas, isso é visível no caso da escarpa. Quis resolver um problema e foi acusado de ter um pacto corruptivo”, afirmou.
Este processo remonta a 2019, sendo que o Ministério Público sustenta que os projetos imobiliários do grupo Fortera foram favorecidos. Diz a acusação que Patrocínio Azevedo foi subornado com 125 mil euros e ainda quatro relógios. O ex-autarca foi detido em 2023 e esteve quase dois anos preso, tal como Paulo Malafaia.
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