A edição de hoje
‘Yantar’ é capaz de destruir cabos e oleodutos submarinos. Marinha e Força Aérea seguiram-no entre sexta-feira e domingo. Um contratorpedeiro dos EUA também o acompanha.
Um navio-espião russo, capaz de interferir com infraestruturas críticas submarinas, como oleodutos ou cabos de telecomunicações, passou ao largo de Portugal continental, em mar da Zona Económica Exclusiva, entre as 19h30 de sexta-feira e as 05h00 de domingo - de sul para norte. Foi acompanhado por navios da Marinha e uma aeronave da Força Aérea. Pela primeira vez, sabe o CM, foi também vigiado por um contratorpedeiro dos EUA.
O ‘Yantar’ operava no Mediterrâneo desde novembro e sabe-se que a semana passada colocou os seus veículos para exploração a grandes profundidades sobre o local onde, a 24 de dezembro, naufragou o navio russo ‘Ursa Major’, após uma explosão a bordo, levantando questões sobre o interesse russo nos destroços - admitindo-se que tenham ido destruir material militar classificado (o ‘Ursa Major’ transportaria equipamento para um projeto nuclear). Mas o trabalho do ‘Yantar’ é, fundamentalmente, detetar e mapear infraestruturas submarinas da NATO, como os cabos, no Báltico (para onde se dirige agora) e mar do Norte. Os seus minissubmarinos (remotos ou operados por três homens) têm ainda capacidade de sabotagem desses cabos.
A Marinha portuguesa empenhou no acompanhamento (o primeiro deste ano) a fragata ‘D. Francisco de Almeida’ e o patrulha ‘Setúbal’. Já a Força Aérea detetou e monitorizou o ‘Yantar’ quando “efetuava uma missão de rotina”.
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