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Operário de obra morre em derrocada de terras

Um armador de ferro, com cerca de 60 anos, morreu, ontem soterrado, por volta das 14h30, num acidente de trabalho, nas obras de construção da urbanização Moradias Vitória Garden, em Vilamoura, frente à discoteca Kadoc.

08 de maio de 2008 às 00:30

O indivíduo, residente no Algoz, funcionário da firma Habipro, responsável pela construção do empreendimento, encontrava-se numa vala enquanto, em cima, laborava uma máquina escavadora. O terreno, repentinamente, cedeu e o homem ficou completamente soterrado. De nada valeu o pronto-socorro dos colegas, tendo sido retirado do buraco já sem vida.

Três outros funcionários, que se encontravam no local, conseguiram fugir da derrocada de terra. "Um milagre", disse ao CM um dos funcionários da firma, que pediu o anonimato. Classificando que se tratou de "uma tragédia própria das obras de construção civil", explicou que a vítima, "dada a sua experiência, era responsável pelas obras de segurança, não realizando, habitualmente, aqueles trabalhos".

A mesma testemunha explicou ainda que o grupo de trabalhadoresestavana valaaconstruirummuro de suporte para a construção dos alicerces do empreendimento, que inclui 18 moradias. Ao mesmo tempo limpavam o lixo que a máquina, colocadaemcima,fazia com a abertura do buraco.

"O facto de, no local, haver uma autolavagem de um posto de combustível originou que o solo estivesse saturado de água, o que terá ajudado à derrocada", explicou o referido trabalhador, que considera esta obra "como das mais seguras na zona".

Lopes da Silva, responsável da Habipro, garantiu ao CM que o funcionário "estava totalmentelegalizado", não adiantando pormenoressobreoacidente, "dadooambientede grande tristeza que se vive na firma".

Os bombeiros municipais de Loulé compareceram no local, com sete elementos e duas viaturas, No entanto, praticamente só fizeram o transporte do corpo para a morgue.

ACIDENTE NÃO INTERROMPEU TRABALHOS

Os inspectores do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), que se deslocaram ao local do acidente, mandaram apenas encerrar o sítio onde ocorreu a tragédia, até que se concluam as averiguações. O restante da obra não parará. O ambiente no estaleiro era ontem de grande consternação. Os portões foram, de imediato, fechados e os jornalistas considerados indesejáveis. Lopes da Silva, responsável da Habipro, firma construtora do empreendimento, explicou ao CM que "o ambiente era de grande consternação", dado o relacionamento, "de vários anos", com a vítima. Este responsável garante "total legalização da obra", apesar de o placard no exterior não estar preenchido. "Omau tempo destruiu o anterior e este ainda não foi actualizado", explicou Lopes da Silva.

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