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Português relata choro, sangue e queimados

Oiça a história de André Pinto, um dos portugueses feridos nos ataques em Bruxelas.

23 de março de 2016 às 12:26

Português ferido em Bruxelas fala à CMTV

Pelo menos 21 cidadãos com passaporte português ficaram feridos no duplo atentado terrorista de terça-feira em Bruxelas, informação confirmada esta quarta-feira pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

Um deles é André Pinto, de 27 anos e natural de Santa Marta de Penaguião, que foi hospitalizado com dores num pé e com perda de audição, após as explosões na estação de metro de Maalbeek. O português, que é condutor de autocarros em Bruxelas, utilizou o Facebook para partilhar a sua experiência e agradecer as mensagens de apoio que foi recebendo.

Numa primeira publicação feita logo pela manhã de terça-feira, André Pinto mostrou as "pequenas sequelas da explosão no metro", partilhando uma fotografia da perna afetada pela explosão. Mais tarde, e já no hospital, confirmou que que está bem e não corre perigo de vida. "Obrigado a todos pelas vossas mensagens, que me deram muito prazer! Estou bem, só tenho dor no pé e perdi a audição no lado direito. De resto está tudo bem, não se preocupem", confirmou. 

Contactado pelo CM, o jovem contou o "grande momento de pânico" que viveu. "Foi muito emocionante, imagens de terror, muita gente a chorar, outras cheias de sangue, outros queimados...".

Numa primeira publicação feita logo pela manhã de terça-feira, André Pinto mostrou as "pequenas sequelas da explosão no metro", partilhando uma fotografia da perna afetada pela explosão. Mais tarde, e já no hospital, confirmou que que está bem e não corre perigo de vida. "Obrigado a todos pelas vossas mensagens, que me deram muito prazer! Estou bem, só tenho dor no pé e perdi a audição no lado direito. De resto está tudo bem, não se preocupem", confirmou. 

Contactado pelo CM, o jovem contou o "grande momento de pânico" que viveu. "Foi muito emocionante, imagens de terror, muita gente a chorar, outras cheias de sangue, outros queimados...".

André Pinto vive em Bruxelas com a mulher e o filho. "Estou cá desde que os meus pais emigraram, há 27 anos", conta ao Correio da Manhã. A mulher do português ferido já o visitou no hospital em Bruxelas.

Feridos portugueses já identificados

José Luís Carneiro, que se encontra em viagem à Alemanha, indicou que 19 dos feridos constam de uma lista oficial divulgada pela Unidade de Crise do Ministério dos Negócios Estrangeiros belga, a que se somam outros dois casos de portugueses já identificados pelas autoridades nacionais e que não constavam desse documento.

O governante português ressalvou, contudo, que há três nomes na lista que podem estar repetidos, uma vez que têm a mesma data de nascimento e a grafia surge com pequenas alterações.

A 21.ª ferida foi já detetada terça-feira e está livre de perigo, devendo ter alta nos próximos dias, acrescentou José Luís Carneiro, que disse ter recebido a lista com 19 cidadãos com passaporte português hoje de manhã, razão pela qual desconhece o estado em que se encontram.

"Sabemos apenas que seis deles foram assistidos no hospital e, face há pouca gravidade dos ferimentos, acabaram por ter alta rapidamente", sublinho o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

Questionado pela Lusa sobre se teme que existam portugueses mortos, uma vez que as autoridades belgas ainda não divulgaram a lista com os nomes e nacionalidades das, para já, 34 vítimas mortais, José Luís Carneiro disse não poder responder.

O governante português adiantou, porém, que a Embaixada de Portugal em Bruxelas e os Serviços Consulares estão em "permanente contacto" com as autoridades belgas e que vão procurar os 13 cidadãos portugueses dispersos por várias unidades hospitalares de capital belga, para que se possa inteirar de todos os pormenores.

Nem a jovem detetada terça-feira nem o ferido descoberto hoje constam da lista oficial de feridos apresentada pela Unidade de Crise do MNE belga.

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