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“Podia ter sido uma tragédia”

Foram sete horas de operação de resgate com duas investidas do helicóptero Kamov da Protecção Civil. O que seria uma caminhada de um grupo de amigos na zona do Vale Côvo, em Gavião, anteontem ao cair da noite, por pouco não terminou em tragédia. Um caminheiro de 18 anos vítima de queda numa ravina, dois casos de hipotermia e três bombeiros feridos foi o balanço final da operação "bastante complexa". Todos acabaram por ter alta do Hospital de Abrantes durante a madrugada de ontem. <br/><br/>

29 de dezembro de 2011 às 01:00

"Aquele local é uma armadilha, podia ter sido uma tragédia. Felizmente estão todos bem, necessitam só de algum repouso. Esta situação também serve de alerta a quem quer passear naquele sítio" (ver caixa), disse ontem ao CM o comandante dos Bombeiros Municipais de Gavião, Francisco Louro.

"Além da inclinação do terreno, estava vento, frio e as pedras estavam molhadas, o que também potenciou as quedas", referiu Simão Velez, adjunto de comando da corporação e um dos operacionais feridos no resgate. Sofreu um traumatismo na face durante o socorro ao jovem caído.

Recorde-se que depois do resgate do caminheiro e de dois amigos com sinais de hipotermia, três bombeiros ficaram feridos, sendo dois levados de helicóptero. O ferido mais grave, Pedro Martins, de 18 anos, apresentava suspeitas de traumatismo craniano e vertebral, mas os exames hospitalares declinaram essas hipóteses.

CATARATAS NO TEJO ATRAEM CURIOSOS E DESPORTISTAS

As encostas do Tejo na zona de Gavião têm algumas cataratas e escarpas que atraem caminheiros, praticantes de desportos radicais e curiosos para apreciar as quedas de água. Foi isso que motivou o grupo de cinco jovens que anteontem acabou envolvido numa complicada operação de resgate. Com idades entre 18 e 28 anos, e residentes naquela região, os caminheiros acabaram por ser vítimas das características do terreno, que é bastante acidentado e inclinado.

Segundo Francisco Louro, os acidentes naquele local não são comuns porque é desconhecido da maior parte das pessoas. "Há um curso de água, que vai dar ao Tejo, sem qualquer intervenção humana. Os acessos são muito complicados", explicou.

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