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Polícias insistem que Governo tem condições para rever suplementos

Forças de Segurança tem agendadas manifestações para Lisboa, a 24 de janeiro, e para o Porto, a 31 de janeiro.

18 de janeiro de 2024 às 18:57

A plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR insistiu que o Governo continua a ter condições para tomar uma decisão relativamente aos suplementos nas polícias e garantiu que os protestos vão continuar.

"Prolongar isto [revisão dos suplementos] para um futuro Governo é sacudir a água do capote", disse Bruno Pereira, que falava em nome da plataforma e é também presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP).

A plataforma, composta por sete sindicato da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, reagia às declarações da ministra da Presidência que, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, afirmou que as reivindicações dos polícias por aumentos salariais terão de esperar pelo próximo Governo, uma vez que o atual está em gestão e sem legitimidade para iniciar negociações sindicais.

Bruno Pereira avançou que estas declarações "só vão agudizar ainda mais e inflamar ainda mais o sentimento de tristeza e de exaustão dos polícias".

O presidente do sindicato que representa os comandantes e diretores da PSP considerou que o Governo continua a ter condições para rever os suplementos das forças de segurança, argumentando com posições assumidas de constitucionalistas e do Tribunal Constitucional.

"Existe margem. É verdade que não é uma margem ordinária ou normal entre aquilo que é a gestão corrente, mas quem está impossibilitado de o fazer é a Assembleia da República, por estar dissolvida, agora o Governo, mesmo em gestão, pode fazê-lo", disse, sustentando que o atual Governo "não quer fazer nada, nem assumir" qualquer compromisso.

O sindicalista recordou que este protesto começou quando foi aprovado pelo Governo o suplemento de missão para as carreiras da PJ, que em alguns casos chega a um aumento de cerca de 700 euros.

Os polícias mantêm os protestos e a plataforma tem agendado manifestações para Lisboa, a 24 de janeiro, e para o Porto, a 31 de janeiro.

A plataforma enviou ainda um convite aos partidos políticos para uma reunião em 26 de janeiro para que esta questão seja discutida e assumida uma posição para o futuro.

Os protestos começaram por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e estão a mobilizar cada vez mais elementos da PSP e GNR em todo país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.

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