Polícia considerou que se trata de um número pequeno tendo em conta o período alargado e as restrições.
A PSP deteve 712 pessoas desde março de 2020 nas ações de fiscalização para combater a pandemia de covid-19, número que a polícia considerou esta terça-feira ser pequeno devido ao período alargado e às enormes restrições.
Numa apresentação sobre o desempenho da Polícia de Segurança Pública durante o combate à pandemia de covid-19, o diretor nacional da PSP avançou que, entre 19 de março de 2020, quando começou o estado de emergência, e 30 de setembro deste ano, foram detidas 712 pessoas, registadas 26.413 contraordenações e encerrados 1.571 estabelecimentos comerciais.
Magina da Silva considerou que este número de detenções não é enorme.
"Vivemos largos meses em pandemia, com restrições enormes, com interações de alguma forma negativas e de cidadãos que, por alguma razão, não gostavam da intervenção da polícia ou achavam que as restrições eram excessivas. Houve milhões de interações dos polícias impondo regras restritivas de direitos e liberdades de garantias aos cidadãos", justificou, em declarações aos jornalistas no final da cerimónia.
O diretor nacional da PSP frisou que estas detenções "só aconteceram porque foram situações limite", tendo sido feita a cidadãos que "reiteradamente de forma ostensiva recusaram-se a cumprir as restrições impostos pelo estado de emergência".
Magina da Silva destacou também o desempenho dos portugueses durante o estado de emergência, realçando que "mostraram uma disciplina social enorme que não se viu em mais nenhum país da União Europeia".
"Os portugueses na sua esmagadora maioria cumpriram de formas exemplar, mesmo quando incumpria e era chamado a atenção imediatamente cumpria e pedia desculpas. Esse foi comportamento padrão dos portugueses", precisou.
Sobre o desempenho da Polícia de Segurança Pública no combate à pandemia, o responsável realçou que os polícias estiveram na rua desde o início e cumpriram a sua missão, muitas vezes estando em "risco a sua integridade física".
Na sua intervenção, Magina da Silva referiu que os polícias "nunca confinaram" e estiveram ainda mais presentes nas ruas, tendo sido impedidos de gozar férias e viram as suas folgas alteradas por causa do estado de emergência.
Para fiscalizar as medidas impostas, o diretor nacional destacou o reforço operacional feito por policias afetos a estruturas de apoio e dos 42 agentes que já estavam na pré-aposentação e regressaram ao serviço.
Também presente nesta sessão pública, o ministro da Administração Interna destacou o papel fundamental da PSP e a ação desta força de segurança durante o estado de emergência.
"A PSP nunca esteve em teletrabalho, nunca esteve em confinamento. As forças de segurança estiveram ainda mais ativamente na rua, próximos dos cidadãos a garantir o respeito pelas regras da saúde pública, mas a fazê-lo com estrito respeito pelos direitos fundamentais", disse Eduardo Cabrita, apontando também "o número irrisório de detenções".
Num discurso de cerca de 30 minutos, Eduardo Cabrita falou também dos seis anos como ministro do atual governo socialista, quatro dos quais como ministro da Administração Interna, e da sua experiência como coordenador do estado de emergência.
"Já integrei vários governos e nunca tive uma experiência governativa caracterizada por tantas horas de reunião em cima da incerteza, em cima da necessidade de tomar decisões tão difícil de gerir", disse.
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