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Roubos na rua 'rendem' 2,2 milhões aos ladrões

GNR registou o ano passado 1295 roubos violentos na via pública, um aumento face a 2023. Deteve 102 suspeitos.

04 de agosto de 2025 às 01:30
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Roubos na rua 'rendem' 2,2 milhões aos ladrões

Os 1295 assaltos realizados na via pública, na área da GNR, no ano passado, 'renderam' 2,258 milhões de euros aos assaltantes, refere o relatório de atividades dessa força de segurança. É uma média de 1 743 euros por cada roubo. A GNR deteve 102 suspeitos por roubos na rua e registou, relativamente a 2023, um aumento de 205 crimes (+18,81%).

De acordo com o referido documento, 619 desses roubos não foram pelo método do esticão - mais 10,34% (+58 crimes) face a 2023. Em 82,23% dos casos foi praticado através de  "ameaça/agressão/coação física", e 20,19% com "ameaça/agressão com arma": sendo que 11,26% foi praticado com recurso a arma branca e 5,22% com recurso a arma de fogo. É "mais frequente nos maiores aglomerados populacionais" e teve "especial incidência" nos distritos de Setúbal, Faro, Porto e Lisboa. Por concelhos, os mais afetados foram Albufeira, Almada, Loulé e Moita. Foram contabilizadas 720 vítimas (81,25% homens, 585; e 16,94% mulheres, 122), em 71,67% dos casos com idades entre os 18 e os 64 anos. Os assaltantes fugiram a pé (59,61%) ou de carro (22,78%). Nesta tipologia de roubo, na qual a GNR fez 55 detidos e contabilizou valores roubados às vítimas de  892 213,83€, o maior número de queixas teve lugar nos meses de junho (60), julho (56) e agosto (70), "com particular incidência de sexta a segunda-feira" e "menos frequentes durante o dia e mais frequentes à noite".

Já quanto aos roubos por esticão, a GNR registou 676, um aumento de 27,79% (+147 crimes) em relação a 2023. Os distritos de Faro, Setúbal, Lisboa e Porto foram os que apresentaram o maior número de crimes. Os concelhos mais fustigados foram Albufeira, Loulé, Almada e Lisboa. Houve 716 vítimas do roubo por esticão: 55,13% mulheres e 44,27% homens. Nestes crimes praticados com recurso à força física (por esticão), os ladrões fugiram do local a pé (52,07%) ou em viatura (31,66%). A GNR - que deteve 47 suspeitos e contabilizou um valor roubado de 1 365 999,36€ - relata que houve maior incidência nos meses de junho (79), julho (84), agosto (67) e setembro (72), destacando-se pela negativa a segunda-feira, o domingo e a sexta-feira, sendo a quinta-feira o dia da semana com menos roubos por esticão. Crimes especialmente durante o dia (10h00 às 19h00).

Furtos em carros também dão milhões

A GNR assinala que apenas conseguiu apurar os valores furtados em 4,19% (335) dos 8001 crimes de furto em veículo motorizado (acessórios, combustível ou objetos deixados no interior). E só nesse 'pequeno' número somou 545 262,27 € de prejuízo às vítimas. Extrapolando, o valor total pelos crimes denunciados ultrapassará os 13 milhões de euros. Em 2024, a GNR registou 6165 crimes na categoria "outros furtos em veículo motorizado", 1556 na de “furto de acessórios/peças" e 280 crimes de “furto de combustível; "ou seja, registou-se um ligeiro aumento (+117) face a 2023. Houve mais crimes nos distritos do Porto (1 460), Setúbal (1 232), Faro (1 118) e Lisboa (1 022). A GNR fez 50 detenções.

Aumentam roubos violentos em casas

A GNR registou em 2024 195 casos de roubos com violência em residências, um aumento de 32,65% face a 2023 (+48 casos). "De referir que 90,26% das ocorrências foram efetivadas, enquanto as restantes não foram logradas", refere a Guarda. Houve mais crimes nos distritos de Lisboa (30 casos), Setúbal (26), Porto (24), Aveiro (22) e Leiria (19). Azambuja e Leiria (6 casos, cada), Almada e Sintra (5 cada) foram os concelhos com maior número de ocorrências. A agressão física foi o meio mais utilizado (25%), seguido de coação (14,71%), ameaça verbal (8,82%) e coação psicológica (7,35%). "É de salientar os 7,35% com recurso a arma de fogo e os 4,04% com recurso a arma branca", refere a GNR. As vivendas foram as residências-alvo eleitas - 154 roubos - das quais se destacam as isoladas (114). Foram apurados 731 325,85€ levados de 55,90% dos crimes. Extrapolando, o dano total seria de 1,3 milhões.

48 milhões em burlas

A GNR registou 18 017 burlas (-16,4%), crime pelo qual fez 106 detenções e apurou o montante retirado aos lesados de 48 101 333,90€ (um aumento de 4 577 269,86€ face a 2023). Registou 10 roubos a bancos (+6), dos quais apenas foi apurado o valor em 20% (465 442€). Houve ainda 16 roubos a multibancos (-4); 3 a farmácias (-1); 3 a ourivesaria (-1); 35 a bombas de gasolina (-9); e 45 carjacking (+15). Os furtos de metais não preciosos (como cobre) causaram prejuízos de 9 764 407,67€.

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