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Roupa doada a crianças era vendida por padre em loja

Bazar solidário e pronto a vestir na mira de investigação da GNR.

07 de setembro de 2017 às 01:32

Uma loja solidária e um pronto-a-vestir foram dois dos locais onde a GNR efetuou buscas, no âmbito da investigação por burla e fraude fiscal com roupa doada que se destinava a famílias da Guiné, que levou à constituição de arguido do padre Joaquim Batalha, de 80 anos, e de uma voluntária, de 33. Em causa está uma apreensão de 2700 peças de roupa avaliadas em mais de 208 mil euros. Seria aqui, bem como em feiras e nas ruas, que a roupa era vendida ilegalmente.

O primeiro local – o ‘grande bazar solidário’ no Sobreiro, Mafra – pertence à Fundação João XXIII e várias fontes admitiram ao CM que compraram vestuário da marca Salsa naquele local. Alegam que não sabiam da burla. Tanto uma voluntária que ali trabalha como o padre Batalha admitem que tal "possa ter acontecido com uma ou outra peça perdida", mas negam tratar-se de um negócio. O segundo local é uma loja de pronto-a-vestir no Barril, Encarnação. As funcionárias confirmaram as buscas naquele espaço, mas negaram qualquer envolvimento com o caso. Os proprietários não estavam ontem contactáveis.

Ao CM, o padre Batalha reiterou que se "trata de uma confusão" e que a instituição que dirige enviou "no início do ano para a Guiné o contentor com roupa que a Salsa tinha doado em dezembro". Sobre a outra arguida diz não saber quem é.

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