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Dezoito feridos do despiste de autocarro em Nisa tiveram alta

Acidente vitimou um jovem de 18 anos.

09 de abril de 2018 às 08:50

Os 13 feridos ligeiros transportadas no domingo para o Hospital de Abrantes, na sequência do despiste de um autocarro que causou um morto, já tiveram alta, disse esta segunda-feira a diretora clínica do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).

"Todos os jovens seguiram para casa ainda durante a madrugada, à exceção da ferida ligeira, que ainda aqui permanece, mas que já tem alta clínica e aguarda apenas pela chegada dos pais para sair do hospital", disse à Lusa Cristina Gonçalves, a meio da manhã, referindo-se à jovem que inicialmente foi considerada ferido grave.

Depois de fazer exames, concluiu-se, porém, que a estudante não sofreu lesões crânio-encefálicas, como se suspeitava.

Segundo a responsável, ao Plano de Contingência em Situação de Catástrofe ativado pelo CHMT os profissionais "corresponderam a 100%", tendo o mesmo sido desativado pouco depois da 24h00.

O CHMT agrega as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém.

O autocarro transportava, além do motorista, 48 passageiros, sobretudo jovens entre os 18 e os 23 anos provenientes da Covilhã e de Belmonte, que estavam a regressar de uma viagem de finalistas, segundo fontes da Proteção Civil e da GNR.

O acidente provocou a morte a um rapaz de 18 anos, precisou o secretário de Estado. Anteriormente, fontes da Proteção Civil e da GNR tinham indicado que a vítima mortal tinha 20 anos.

Os restantes 15 passageiros foram assistidos no local do acidente e foram transportados para Nisa para serem acolhidos pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.

Castelo Branco

Os cinco feridos ligeiros que foram transportadas no domingo para o Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco já tiveram alta, disse o presidente da Unidade Local de Saúde.

De acordo com Vieira Pires, tratava-se de três raparigas e dois rapazes. Uma das raparigas, que exigia mais preocupação, apresentava uma fratura no úmero.

A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco requisitou uma psicóloga para apoio aos familiares dos acidentados.

Os cinco feridos, caso haja necessidade, terão acompanhamento nos respetivos centros de saúde, disse ainda Vieira Pires.

Motorista

O motorista do autocarro que se despistou no domingo, perto de Nisa, no Alto Alentejo, em que viajavam estudantes, teve alta do hospital de Portalegre ao final da manhã desta segunda-feira, disse à agência Lusa fonte hospitalar.

Fonte da GNR adiantou à Lusa que o homem que conduzia o autocarro tem entre 50 e 60 anos.

A fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) indicou que o hospital de Portalegre recebeu um total de 16 feridos (o motorista e 15 jovens que seguiam no autocarro).

Os jovens foram tendo alta até cerca da 01h00 desta segunda-feira e o motorista saiu ao final da manhã, tendo estado internado mais tempo por precaução, "não só física, mas também psicológica", disse a fonte.

Agência de Viagens

A agência de viagens Xtravel, responsável pela organização da viagem dos finalistas disse esta segunda-feira estar "a acompanhar a situação" e "a recolher todos os dados".

"Temos os diretores a acompanhar a situação no local, juntamente com mais uma equipa de colegas, e estamos a contactar todos os pais" dos jovens "envolvidos no acidente", disse à agência Lusa um colaborador da empresa.

Segundo a mesma fonte, os elementos da Xtravel estão "a recolher todos os dados" e "aguardam a peritagem que a equipa da GNR está a fazer para perceber, então, o que é que terá ocorrido".

"Neste momento, a nossa preocupação é a parte humana, é falar com os pais e garantir o acompanhamento dos clientes", que "eram provenientes de duas escolas da zona da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, acrescentou, escusando-se a prestar mais esclarecimentos.

Por seu turno, fonte judicial adiantou à Lusa que o Ministério Público (MP), através do Núcleo de Nisa, vai abrir um inquérito às causas do acidente.

Apoio psicológico na escola

A Escola Frei Heitor Pinto, Covilhã, mobilizou esta segunda-feira o serviço de psicologia para apoiar os colegas dos alunos que seguiam no autocarro.

"Optámos por manter a atividade letiva porque consideramos que é preferível que os restantes alunos possam estar juntos para poderem conversar e desabafar, recorrendo, se necessário for, ao serviço de psicologia da escola que está disponível para prestar todo o apoio", disse em declarações à agência Lusa o subdiretor do Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Vítor Reis Silva.

Os alunos envolvidos no acidente apenas regressarão à escola após indicação médica.

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