Ana Isabel Fonseca
JornalistaRita Lino
JornalistaO julgamento da rede de tráfico de droga, no âmbito da Operação 'Semente em Pó', que tem como arguido 'Vitó' decorreu esta quarta-feira, em Bragança.
Vítor Soares já tinha negado todos os factos que lhe foram imputados pela acusação na sessão de segunda-feira. Acusado de participar da rede de tráfico de droga, o arguido diz ser mentira e garante ser apenas consumidor de cocaína. Recorde-se que foram encontradas 30 gramas desta droga na sua casa.
O Tribunal de Bragança começou esta quarta-feira a ouvir várias testemunhas de acusação arroladas pelo MP. No total, 80 consumidores que foram apanhados nas escutas e nas vigilâncias feitas pela GNR ao longo da investigação.
Amigo de Vitó nega qualquer compra de droga
Uma testemunha de acusação, um amigo de Vitó, confrontado com escutas que levantam a suspeita de tráfico de estupefacientes nega qualquer compra a Vítor Soares.
"Ligava apenas para conversar, falava com ele, ia a casa dele e ao café. Sou consumidor de haxixe", afirmou a testemunha, dando conta de que chegou a fumar haxixe com o arguido.
Questionado pelo procurador sobre quem comprava o haxixe quando fumavam juntos, o amigo de Vitó disse que este nunca lhe deu ou vendeu nada. "Ele tinha o dele e eu tinha o meu", alegou.
Ouvida uma segunda testemunha, Nuno Miguel, que fez uma transferência por Mbway para Vitó. "A transferência foi porque ele me arranjou umas peças para a minha carrinha que tinha um problema. Fiz por Mbway", explicou.
O procurador questionou depois este amigo de ‘Vitó’ sobre os vários negócios que o companheiro de Sónia de Jesus tem. "Sabe se ele comprava ou vendia azeite?", questionou o procurador.
A testemunha disse nada saber sobre este negócio. "Sei apenas que vendiam produtos de beleza e essas coisas. Era a companheira dele que vendia, ela é conhecida da televisão", acrescentou Nuno.
Testemunha diz que questionou pai de concorrente do Big Brother sobre venda de droga
O Tribunal está agora a ouvir Márcio Morais, outra testemunha que foi apanhada em escutas telefónicas. Foi intercetada uma conversa com Amílcar Teixeira, outro dos arguidos e pai de Edmar, também outro concorrente do Big Brother.
"Liguei para o Amílcar porque um amigo queria que lhe perguntasse se ele arranjava haxixe", disse a testemunha, que negou ter conhecimento que Amílcar vendesse droga.
"Já o tinha sido visto a fumar e o meu amigo pensou que ele podia arranjar (…) por acaso depois encontrei-o na cidade e o Amílcar disse que não arranjava e não fazia isso", adiantou Márcio.
'Vitó' apoiado pela família da companheira
Sónia Jesus não está no julgamento porque como é testemunha não pode estar na sala de audiências. Vitó está, no entanto, a ser apoiado na sala pelos irmãos, a mãe e os pais da companheira.
Testemunha garante que pai de concorrente do Big Brother lhe vendeu droga
É agora a vez do tribunal ouvir João Fernandes, outra testemunha apanhada nas escutas telefónicas.
Assumiu ao procurador que comprou droga a Amílcar Teixeira. "Pedi para ele me arranjar haxixe, sabia que era consumidor, mas nunca ouvi que era traficante. Ele desenrascou-me algumas vezes", disse João, dando conta de que numa vezes Amílcar lhe deu o suficiente para "sete ou oito charutos". Geralmente pagava 10 euros.
João explicou ainda que "essas transações ocorreram meia dúzia de vezes, não mais". Numa das vezes foi apanhado pela GNR. "No café, o Amílcar deu-me um guardanapo com folhas de canábis. Depois já cá fora fui abordado pela GNR", afirmou.
Pai de concorrente do Big Brother “vendia droga no café“
Uma outra testemunha ouvida na manhã desta quarta-feira admitiu que comprava droga a Amílcar Teixeira, outro dos arguidos e pai de Edmar, ex-concorrente do Big Brother. "Comprei haxixe ao senhor Teixeira. Não sei os dias, não me lembro. Ele vendia no café que tinha. Íamos à casa de banho, ele deixava a droga na casa de banho", afirmou Aníbal.
Vitó e Amílcar conheceram-se numa gala do Big Brother e estabeleceram depois uma relação de confiança ao longo do tempo.
Azeite era código para droga
Duas testemunhas já ouvidas no processo confirmam que "azeite" era um código para Amílcar Teixeira se referir à droga. "Ele uma vez ligou-me e disse que tinha um azeite bom. Percebi que se estava a referir ao haxixe", disse João Neves, que garante que nunca comprou efetivamente azeite a Amílcar.
A alegada entrega de azeite tinha já sido mencionada por Vitó na primeira sessão. Garantiu que Amílcar quando ia ao Porto lhe entregava um garrafão de cinco litros.
Terminou a sessão
Terminou a sessão de julgamento. Será retomada na próxima segunda-feira.
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