António Montenegro deu entrada na Europa a jovens em troca de sexo na residência oficial.
Vistos de entrada na Europa, via Portugal, atribuídos a troco de sexo com jovens mulheres que pretendiam fugir à miséria. Pedidos de amigos e recebimento de dinheiro. São factos dados como provados em tribunal no julgamento do embaixador António Montenegro, hoje com 70 anos – tio do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro –, representante diplomático de Portugal em Dakar, Senegal, entre 2005 e 2009.
O diplomata foi condenado, em Lisboa, a quatro anos e meio de prisão efetiva. Os juízes atribuíram-lhe a prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção passiva, abuso de poder e falsificação de documento.
Isabel Craveiro, a encarregada de negócios da embaixada em Dakar , considerada pelo Ministério Público o ‘braço-direito’ de António Montenegro, foi condenada a dois anos de prisão.
De fora do processo, por serem crimes que não dizem respeito a Portugal, ficaram os indícios de que António Montenegro geria uma rede de prostituição e que angariava meninas para orgias. Na sentença, no entanto, consta que António Montenegro deu vistos a mulheres com quem teve sexo na residência oficial.
A investigação foi iniciada após denúncia : Montenegro recebia muitos pedidos de visto em mão. Isabel Craveiro deferia-os sem entrevistar os requerentes. Esse facto foi detetado pelo SEF, o que deu origem a buscas à residência e ao escritório do embaixador em Dakar.
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