Pescadores com medo de navegar no porto da Figueira da Foz.
O naufrágio do arrastão Olívia Ribau, que provocou a morte a quatro homens e o desaparecimento de outro – apenas dois irmãos conseguiram sobreviver – fez aumentar o medo dos pescadores que diariamente navegam na zona do porto da Figueira da Foz, naquela que é considerada a barra mais perigosa do País. As buscas pelo último náufrago continuaram sábado, num dia em que se realizaram os funerais de mais duas vítimas mortais da tragédia.
"Sentimo-nos abandonados e com medo de não sermos socorridos", adiantou o pescador José Carriço, para quem os serviços do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) devem estar abertos "24 horas por dia" e com duas equipas em permanência. É precisamente o encerramento deste serviço, às 18h00, que deixa revoltados os pescadores tendo em conta que é a partir daquela hora e até à meia-noite que se regista um grande movimento de entradas e saídas de barcos.
Encontrado corpo em arrastão naufragado
Falta resgatar o corpo do pescador Adriano Cambóia, de 48 anos. "Neste momento só queremos é sossego e dar terra ao meu sogro", diz José Paiva, pescador e genro de Adriano Cambóia, que entende a dificuldades das buscas.
Sábado realizaram-se os funerais do mestre Rui Ramalho, em Tavarede (Figueira da Foz), e de António Mendonça, em Gafanha da Nazaré. Centenas de pessoas despediram-se dos dois pescadores mortos.
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