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"Super tufão" em Macau adia fogo-de-artifício português inspirado no Fado

O Grupo Luso Pirotecnia conta no currículo com importantes primeiros prémios conquistados em competições internacionais.

12 de setembro de 2018 às 10:58

Um "super tufão", que deverá atingir Macau este fim de semana, obrigou ao adiamento da terceira etapa do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício que incluía a participação de um concorrente português com um espetáculo inspirado no fado.

A etapa de sábado previa a participação de dois competidores, franceses e portugueses, mas por razões de segurança, devido à passagem do "super tufão" Mangkhut, o evento foi adiado, anunciaram esta quarta-feira as autoridades de Macau.

O Mangkhut, atualmente localizado na parte noroeste do Oceano Pacífico, continua a mover-se em direção a oeste, prevendo-se um impacto significativo na costa meridional da China durante o fim de semana.

A organização ainda está a definir uma nova data para a realização da etapa inicialmente prevista para a noite de sábado, mas tudo depende da evolução do tufão, explicou, em conferência de imprensa, um responsável da consultora técnica do evento, a Pirotécnica Minhota, Francisco Carneiro.

Já o espetáculo imaginado pelo Grupo Luso Pirotecnia será "100% português", adiantou na mesma conferência de imprensa o representante da empresa, Vítor Machado, sublinhando que, além do tema e da seleção musical, também todo o material é 'made in' Portugal.

Vítor Machado afirmou que este era um desafio, uma vez que "a China tem uma grande tradição pirotécnica", pelo que para a competição deste ano decidiram investir "numa viagem de sonoridades" que vai "desde os clássicos, como Amália [Rodrigues]" e António Zambujo, até ao Fado In Bossa e aos Beat Bombers Remix, passando por artistas como Rodrigo Leão e Camané, Pedro Abrunhosa, Dulce Pontes, Deolinda e, inclusive, os Gaiteiros de Lisboa.

O Grupo Luso Pirotecnia conta no currículo com importantes primeiros prémios conquistados em competições internacionais, nos Estados Unidos, República Checa, Alemanha e França.

A empresa portuguesa, que soma participações neste evento desde 1999, vai competir no maior concurso de fogo-de-artifício de Macau, cujo orçamento é de 2,2 milhões de euros.

A 29.ª edição do Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício teve início em 01 de setembro e deverá terminar em 01 de outubro, Dia Nacional da China, na baía em frente à Torre de Macau, uma das torres mais altas do mundo.

No concurso competem dez equipas: Filipinas, Coreia do Sul, Japão, Bélgica, França, Portugal, Alemanha, Áustria, Itália e China.

A 29.ª edição estava para se realizar em 2017, mas a passagem por Macau daquele que foi o pior tufão nos últimos 53 anos obrigou ao cancelamento do evento.

"No ano passado já tinha feito a apresentação da 29.ª edição do Concurso, mas por causa do tufão Hato o concurso foi cancelado pela primeira vez", lembrou a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, na apresentação do concurso, em julho.

O Hato, que atingiu Macau em 23 de agosto, causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em 1,3 mil milhões de euros.

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