Se for constituído arguido, o tenente-general Martins Pereira sai do EMGFA.
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O tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes e atual nº 2 do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), deverá abandonar o cargo que desempenha se, tal como se prevê, seja constituído arguido no caso da farsa sobre o aparecimento do material de guerra de Tancos, quando for interrogado no DCIAP na quarta-feira.
Foi ele que recebeu o memorando com todos os passos da operação clandestina da Polícia Judiciária Militar, documento revelado este sábado pelo ‘Expresso’ e que compromete o Ministério da Defesa. Este documento, que inclui uma fita do tempo sobre a operação realizada pela PJM na Chamusca – local onde parte do armamento furtado em Tancos apareceu na madrugada de 18 de outubro de 2017 – foi entregue pelo major Vasco Brazão ao então chefe de gabinete de Azeredo Lopes no final do ano passado. Vasco Brazão, que é um dos arguidos no inquérito relativo à farsa já entregou o memorando no Ministério Público, tal como Martins Pereira.
Caso se prove que Martins Pereira teve participação nesta operação e que da mesma deu conhecimento ao então ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o tenente-general sairá do DCIAP na qualidade de arguido, com a previsível aplicação de medidas de coação.
Deverá também ser afastado do cargo que ocupa no EMGFA.
Contactado pelo CM, o porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas não quis comentar, mas fontes militares referem que a situação de Martins Pereira está condicionada ao que o Ministério Público considerar que foi o seu comportamento no caso de Tancos.
Depois de ter abandonado a chefia de gabinete de Azeredo Lopes, no final do ano passado, o tenente-general Martins Pereira foi colocado como adjunto para o planeamento e coordenador do EMGFA, na prática um adjunto do almirante Silva Ribeiro, atual chefe da estrutura que superintende as Forças Armadas. Confirmando-se o fim da sua comissão de serviço, deve regressar ao Exército.
Marcelo exige "toda a verdade"
"Se eu insisti e insisto nessa exigência é, precisamente, porque, tal como todos os portugueses, não sabia nem sei os factos que ocorreram e as inerentes responsabilidades, nomeadamente criminais", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que esclareceu ainda não se ter encontrado com Rovisco Duarte, antes de este ter pedido a saída do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército. "Portugal não deve ficar, indefinidamente, com dúvidas sobre esta questão essencial para o Estado de Direito e o prestígio das Forças Armadas", disse.
Informação no memorando reforça a ideia de "nunca" se chamar a Polícia Judiciária
O memorando entregue no Ministério da Defesa no final do ano passado pelo major Vasco Brazão é um mero documento Word, que não está datado nem assinado. O documento divulgado este sábado pelo semanário ‘Expresso’ tinha como objetivo avisar o ministro Azeredo Lopes caso a PJ desvendasse a operação simulada do reaparecimento das armas de Tancos.
No memorando, em nenhuma parte é mencionada a GNR de Loulé ou o nome de João Paulino, o ex-fuzileiro apontado como o responsável das armas. Fala-se sim num "informador". "O informador da PJM diz que vai dar a localização de umas granadas como prova de que fala a verdade, mas a PJM tem de guardar essas granadas dois dias e nunca chamar a PJ. Ele depois dará a correta localização do material sempre com a condição do não envolvimento da PJ. Se o acordo for quebrado, o material de Tancos desaparece e a família do major Brazão não terá descanso", lê-se.
É combinada uma chamada anónima para o piquete da PJM, onde está de serviço o major Brazão. Este e o diretor da PJM, o coronel Luís Vieira, vão para o terreno, recuperando as armas. Foi também entregue às autoridades uma fita do tempo com detalhes.
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