Rita Lino
JornalistaA terceira sessão do julgamento da rede de tráfico de droga que tem como arguido Vítor Soares, mais conhecido como 'Vitó', decorreu esta segunda-feira no tribunal de Bragança.
Sónia Jesus, ex-concorrente do Big Brother, não esteve presente, mas será ouvida numa das próximas sessões.
Começa a terceira sessão do julgamento
Sessão começou há instantes, com uma testemunha arrolada pelo Ministério Público que reside em França e está a ser ouvida por videoconferência.
Admite conhecer Júlio Carvalho, o arguido que reside em Boticas e que continua em liberdade desde o início do processo.
"Somos amigos de infância mas nunca o vi fumar, pelo menos comigo nunca fumou", afirma.
Testemunha que vendeu café a Amílcar garante que não "sabia sobre drogas"
Uma segunda testemunha, agora presencial, é dono de um restaurante em Mirandela.
"Conheço a Sandra porque como tenho um restaurante ela e o Jorge iam lá comer", referiu, assumindo também que conhece Amílcar Teixeira, pai do ex-concorrente do Big Brother Edmar Teixeira.
"Conheço o Amílcar, fui eu que lhe vendi o café".
Questionado pelo Procurador, referiu que "nada sabia sobre drogas" e que nunca "tinha visto nada a circular ou qualquer tipo de conversa sobre drogas, entre eles."
Terceira testemunha afirma que fumava canabis com Amílcar e que "nunca pagou nada por isso"
Uma terceira testemunha, também presencial, refere que "não tem qualquer conhecimento sobre drogas", embora conheça Sandra, Jorge e Amílcar. No entanto, admitiu que "fumava com o Amílcar" uma "três ou quatro vezes" canabis, mas assegura que "nunca pagou nada por isso".
"Fui com o Amílcar a Espanha, mas eu fiquei no carro e ele apareceu com uns sacos com sementes, penso que eram de canabis e ainda me deu um pacote só que eu nunca plantei", referindo ainda que "aquilo era uma loja de plantas, penso".
Vitó emprestou cerca de 1000 euros a barbeiro para uma passagem de avião
A quarta testemunha vem de Vila Nova de Gaia, era barbeiro de Vitó.
"Ele sempre foi meu cliente, apenas isso", garante.
O Procurador questionou várias vezes a testemunha de se alguma vez teria comprado droga a Vitó, afirmando sempre que "nunca" lhe comprou droga.
O advogado de defesa questionou a testemunha sobre um empréstimo de dinheiro, por parte de Vítor.
"Ele emprestou-me dinheiro para comprar uma passagem de avião, foram cerca de mil euros. Eu ia pagando quando podia".
O coletivo de juízes trouxe à conversa uma escuta telefónica onde refere que "o Vítor estava bastante chateado ao telefone, seria só por essa dívida", questiona.
A testemunha mantém a versão.
Testemunha diz que nada sabe sobre "transações relacionadas com droga" a envolver Amílcar
Uma quinta testemunha, de Vale de Salgueiro, Mirandela, toma a palavra.
"Conhecia o falecido Jorge (um dos arguidos), o Amílcar também conheço mas apenas de o ver em casa do Jorge, quando às vezes ia lá", refere, acrescentando ainda que não sabe nada sobre "transações relacionadas com droga".
Pausa no julgamento
Pausa no julgamento
Tio de Amílcar Teixeira revela que sobrinho lhe terá tentado "vender um revólver" mas que "não quis"
A sessão do julgamento é retomada. Continuam a ser ouvidas testemunhas no Tribunal de Bragança, relacionadas com o caso "Semente em Pó".
Uma das testemunhas é tio de Amílcar Teixeira, o pai de Edmar que também participou no Big Brother, onde, alegadamente, esta rede poderá ter tido início.
Frente ao coletivo de juízes, o tio do arguido, de 83 anos, referiu que o sobrinho lhe terá tentado "vender um revólver" mas que "não quis".
Sobre este arguido, além do tráfico de estupefacientes, recai ainda acusação do crime de tráfico e mediação de armas.
Militar da GNR conta que Vitó e Amílcar usavam cores de carros para distinguir canábis e haxixe
Num depoimento de mais de meia hora, um militar do Núcleo de Investigação Criminal relatou ao coletivo de juízes a Investigação feita, durante vários meses, à rede de tráfico de droga.
Durante o depoimento, referiu que Vitó tinha ligações a Amílcar Teixeira e que seria o arguido quem fornecia a Amílcar canábis e haxixe. Usavam códigos como carro verde para se referiram ao canábis e carro castanho quando queriam falar de haxixe.
O inspetor disse ainda que foi através de escutas de um número que mais tarde perceberam que pertencia a Vitó, que identificaram a relação e seguiram inclusive Amílcar até Vila Nova de Gaia. Encontravam-se num local denominado de "as curvas", que segundo o inspetor seria o código para o prédio de Vitó.
Segundo a Investigação e este depoimento, Amílcar nunca levou azeite a Vitó.
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