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Tribunal de Évora começa na segunda-feira a julgar homem por homicídio do senhorio

Há outra sessão agendada para 4 de junho.

28 de maio de 2025 às 09:57

Um homem, de 44 anos, acusado do homicídio do senhorio por asfixia e de ter escondido o cadáver, há quase um ano, em Évora, começa a ser julgado no tribunal da cidade, na segunda-feira.

A primeira sessão do julgamento arranca às 14h00, no Tribunal Judicial de Évora, segundo os agendamentos disponíveis no portal de justiça Citius, consultado esta quarta-feira pela agência Lusa.

Uma outra sessão está agendada para o dia 4 de junho, às 9h30, pode ainda ler-se no mesmo portal.

O arguido, que aguarda julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Elvas, está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio qualificado, um de profanação de cadáver e outro de detenção de arma proibida.

De acordo com o despacho de acusação, ao qual a Lusa teve acesso, o homicídio ocorreu no dia 15 de julho de 2024, no interior de uma casa propriedade da vítima e em que um dos quartos estava arrendado ao alegado homicida, no centro histórico de Évora.

Naquele dia, é referido na acusação, o senhorio deslocou-se à casa para alertar o inquilino para a falta de pagamento das rendas e avisá-lo sobre o descuido com a limpeza e manutenção do imóvel.

Desagradado com a conversa, o arguido colocou as mãos na boca e nariz e à volta do pescoço do senhorio e apertou até a vítima deixar de respirar e cair inanimado no chão, descreve o MP, que aponta a asfixia como causa da morte.

Segundo a acusação, o arguido retirou à vítima um cartão multibanco e utilizou-o num supermercado da cidade para comprar três rolos de película aderente.

Depois, voltou à casa e envolveu o corpo da vítima com película aderente, um lençol e um edredão e colocou-o debaixo de uma cama, no quarto ao lado daquele que ocupava, onde permaneceu, salienta o MP.

O corpo da vítima mortal, professor reformado, com cerca de 70 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição no dia 2 de agosto de 2024, revelou à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ), aquando da detenção do suspeito, a meio daquele mês.

Já o arguido foi detido no dia 18 de agosto de 2024 na periferia de Évora e, de acordo com a acusação, tinha na sua posse uma pistola e munições, apesar de não ser titular de licença de uso e porte de arma.

Os crimes de furto e de abuso de cartão de que o arguido era suspeito foram arquivados, por a assistente não ter declarado que pretendia proceder criminalmente contra o arguido e por falta de legitimidade do MP, pode ainda ler-se no despacho de acusação.

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