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Tribunal reduz pena de professor pedófilo

Juízes tiveram em conta o facto de o arguido não ter cadastro.

16 de janeiro de 2016 às 21:38

O Supremo Tribunal de Justiça retirou cinco anos à pena aplicada a José Carlos Veríssimo, o professor de Marco de Canaveses que abusou sexualmente de nove rapazes. O arguido, de 36 anos, tinha sido condenado à pena máxima. Foi esta sexta-feira notificado que terá de cumprir 20 anos de cadeia.

"Há que ter em conta o facto de o arguido não ter antecedentes criminais e que, apesar de tudo, sempre teve hábitos de trabalho", consideram os juízes conselheiros no acórdão, dando ainda conta de que as penas parcelares aplicadas por cada crime estão também longe do limite máximo, pelo que não se justificavam os 25 anos.

A diminuição da pena tinha sido defendida pelo procurador-geral adjunto que, no recurso para o Supremo, considerava a pena máxima excessiva. A defesa, assumida por Hernâni Gomes, pedia que a pena não fosse superior a 16 anos.

José Carlos Veríssimo, que era também treinador de futebol, foi condenado por ter cometido, entre 2007 e 2013, um total de 327 crimes sexuais contra crianças em Marco de Canaveses, Leiria, Lisboa e também na Madeira. Todos os menores tinham entre os 9 e os 14 anos. O docente oferecia diversos presentes às crianças e prometia-lhes também que iriam ter uma carreira promissora no mundo do futebol. Uma das vítimas era familiar do arguido. O pedófilo - que está em prisão preventiva - ficou ainda proibido de exercer as funções de professor durante 15 anos.

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