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Vasco Brazão ameaça envolver Marcelo Rebelo de Sousa no caso de Tancos

Militar disse à irmã que tinha provas que atacavam presidência.

03 de agosto de 2019 às 01:30

Vasco Brazão foi apanhado ao telefone com a irmã a dizer que Marcelo Rebelo de Sousa não falaria mais sobre o caso de Tancos porque já lhe tinha feito chegar que tinha provas que envolviam a Presidência da República.

"Mas isto aqui é um propósito para meter outros nervosos. Vais ver que o papagaio-mor não vai falar sobre Tancos tão cedo. O papagaio-mor do reino não vai falar sobre Tancos tão cedo. Pois eles sabem, aliás o Sá Fernandes [o advogado] já lhes fez chegar, já fez chegar à Presidência que eu tenho um email que os compromete.

Por isso eles não vão falar sobre Tancos tão cedo. E quando for o julgamento isto vai rebentar", dizia Vasco Brazão à irmã, numa altura em que já estava em prisão domiciliária.

O Ministério Público é cauteloso com esta informação e diz desconhecer a veracidade do conteúdo, designadamente se existe ou não qualquer email.

Usa-a apenas para garantir que Vasco Brazão em liberdade irá tentar comprometer a investigação e atemorizar as testemunhas do processo em que se investiga a farsa da recuperação das armas de Tancos.

Recorde-se que recentemente o ex-ministro da Defesa foi constituído arguido, depois de, precisamente, Vasco Brazão ter reconhecido que toda a hierarquia militar sabia do plano gizado para recuperar as armas. O que incluía Azeredo Lopes.

Pormenores

Viola medidas de coação

O MP não queria que Vasco Brazão saísse de prisão domiciliária e alegou ainda que tem violado várias medidas de coação, entre elas contactar através da internet.

Testemunhas com medo

O MP diz que muitas testemunhas mostram medo de depor e têm muito cuidado com as palavras que usam. Dizem que Brazão é quem mais temem.

Cinco crimes

Vasco Brazão está indiciado por cinco crimes, entre eles tráfico de armas e associação criminosa. A domiciliária foi decretada pelo juiz de instrução criminal.

Detido em missão

Estava em missão na República Centro-Africana quando foi detido. Foi ouvido dias depois dos restantes arguidos.

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