A gruta Cueto-Coventosa de Arredondo, em Cantábria, é uma das mais míticas grutas espanholas e também a que mais acumula resgates. Um grupo de quatro
espeleólogos portugueses estão esta segunda-feira presos nesta gruta após terem entrado no sábado para fazer uma travessia que demoraria até 30 horas.
No entanto, este não é o primeiro grupo que tem de ser resgatado desta gruta. Em julho, três espeleólogas catalãs tiveram de ser resgatadas por terem ficado presas no mesmo local. Estas, com idades compreendidas entre os 40 e 50 anos, foram retiradas da gruta bem, mas com sinais de hipotermia.
A Cueto-Conventosa é uma travessia mítica com 30 quilómetros de galerias e uma das mais procuradas por espeleólogos. A caverna conta com 695 metros de desnível entre as duas entradas, tendo 815 metros de profundidade no seu ponto mais profundo, estende-se por mais de seis quilómetros na horizontal e o seu famoso poço Juhué tem 302 metros.
Para efetuar a travessia, há que realizar vários troços a nado. De acordo com a fundação de Espeleosocorro local, o que é mais atrativo nesta gruta, descrita como "O Monte Branco da espeleologia", é o facto de exigir todas as habilidades de um espeleólogo sendo uma das mais exigentes.
A Cueto-Coventosa é a que mais acumula resgates em Espanha totalizando 25 operações desde que há registos. Destes 25 resgates, apenas um espeleólogo britânico morreu por hidrocução em 1991.