Mulher de empresário forçada a ter orgias conta ao CM os anos de ‘prisão’ que viveu com o marido
Constantemente agredida pelo marido e obrigada a práticas sexuais com as quais não concordava, a mulher do empresário famalicense João Ferreira, envolvida num escândalo de orgias – sendo que numa delas participou José Castelo Branco – viveu mais de 20 anos de submissão às mãos do homem que conheceu aos 17 anos. Impedida de sair de casa sozinha, não podia ter dinheiro e o seu telemóvel era, diariamente, vistoriado pelo marido. "Era uma prisioneira na minha própria casa", disse a mulher emocionada.
"Tentei libertar-me da teia em que o meu ex-marido me envolveu, mas não encontrava saída possível. Eu morria de medo só de pensar que ele podia descobrir que eu queria fugir", desabafou a mulher, ainda pouco habituada à liberdade.
Ao longo dos 23 anos em que viveu com João Ferreira, a vítima, de 40 anos, recorda agora os momentos de terror. "Conheci--o quando tinha apenas 17 anos e ainda durante o namoro ele começou a ser violento comigo", lembrou. Era agredida com estalos e pontapés, muitas vezes sem qualquer razão aparente, mas o que mais a assustava era o "terrorismo psicológico" que João exercia sobre ela.
"Era um terror viver naquela casa", recorda, lembrando que o marido não a autorizava a sair sozinha, nem quando estava a trabalhar. "Trabalhávamos juntos na fábrica, mas sempre que saía tinha de ir acompanhada da minha mãe".
A mulher, que hoje está refugiada em casa dos pais, diz que era controlada ao minuto. A carteira andava sempre vazia, porque João não permitia que tivesse dinheiro. O carro que conduzia estava em nome do marido e era ele quem o abastecia "para controlar os quilómetros que andava". Até o telemóvel era, todos os dias, verificado.
GOSTAVA DE EXIBIR ARMAS
O empresário, de 48 anos, cresceu no seio de uma afortunada família de Lousado, Famalicão, pelo que sempre acreditou que o dinheiro podia comprar tudo. Possessivo e muito ciumento, sempre olhou as mulheres como seres inferiores, agredindo e humilhando durante dezenas de anos a esposa.
Fanático por armas, João gostava de as exibir a toda a gente. Chegava mesmo a andar com uma pistola no tornozelo, de forma a intimidar quem se atravessasse no seu caminho.
OBRIGAVA MULHER A CHAMÁ-LO DEUS
João Ferreira tem várias tatuagens no corpo, numa delas está escrito ‘Eu e Deus somos únicos’. Esposa era obrigada a dizer que ele era um ‘Deus’.
REGISTA EM DIÁRIO ÂNSIA DE MATAR
Num diário que guardava em casa, escreveu várias vezes que tinha vontade de matar alguém e garantiu que não ficava bem enquanto não o fizesse.
FORTUNA DERRETIDA EM SEXO E LUXO
n Oriundo de uma família abastada, João Ferreira cresceu num ambiente de luxo. O pai juntou dinheiro à custa da confecção de pão para vários estabelecimentos de Lousado, em Famalicão. Após a morte do pai, foi o irmão Mário quem tomou conta da fortuna. João sempre teve acesso ao dinheiro da família, mas assim que o irmão se apercebeu que aquele gastava toda a fortuna em sexo e numa vida de luxo negou-lhe o direito à herança.
Em poucos anos, o empresário gastou grande parte do dinheiro que tinha. Gastava elevadas quantias em hotéis de luxo, onde organizava as orgias. Chegou mesmo a pagar mais de 800 euros apenas por uma noite num hotel. João andava sempre ao volante de luxuosos carros e vestia-se com as roupas das marcas mais caras. A José Castelo Branco chegou a pagar 35 mil euros por um anel, que depois deu à mulher.
A fortuna rapidamente foi derretida. Em 2008, o casal teve de declarar insolvência. A fábrica de reciclagem de resíduos têxteis que o homem possuía foi encerrada e todos os funcionários foram despedidos. Segundo a acusação do MP, após ter ficado sem dinheiro, o homem colocou fotos da mulher despida na internet a anunciar encontros sexuais.
João vive agora em casa da mãe, onde está em prisão domiciliária.
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