Mais de dez mil pessoas abandonaram a ilha grega nos últimos dias.
Mais de dez mil pessoas abandonaram a ilha grega de Santorini nos últimos dias devido à sucessão de pequenos sismos, assim como a sua vizinha Amorgos, receando o eventual risco de um abalo de maior intensidade.
De acordo com a Sky News, as Cíclades, como são conhecidas Santorini e outras ilhas adjacentes no norte do Mar Egeu, foram atingidas por centenas de terramotos com magnitudes entre 3 e 4,9 na escala de Richter. Foram registados mais de 440 sismos abaixo da magnitude três e 73 acima de magnitude quatro desde o dia 1 de fevereiro, de acordo com o Instituto Geodinâmico citado pela Sky News.
Sismólogos descreveram o acontecimento como uma "série de tremores de magnitude semelhante a ocorrer em grupos".
Os epicentros dos sismos têm ocorrido abaixo do fundo do mar, o que, segundo especialistas, significa que não serão tão destrutivos. No entanto, existe a possibilidade de um terramoto desencadear uma erupção vulcânica ou um tsunami.
Até ao momento, não há registo de danos significativos ou feridos, embora tenham ocorrido alguns deslizamentos de rochas.
Todas as escolas de Santorini, Amorgos e ilhas vizinhas vão permanecer encerradas até sexta-feira, mas as autoridades insistem que as medidas tomadas até agora são preventivas.
Os sismos ocorrem quando as placas tectónicas se movem repentinamente ao longo de uma falha geológica, libertando energia na forma de ondas sísmicas. O tremor resultante dessas mesmas ondas é o que sentimos durante um terramoto.
A falha geológica que produz os atuais sismos nas ilhas gregas estende-se por cerca de 120 quilómetros.
Especialistas ainda estão tentar determinar se os múltiplos terramotos são pré-sismos — tremores de terra menores antes de um sismo — ou se são parte de uma série de terramotos menores que podem continuar por semanas ou meses.
"Não há nenhuma tecnologia ou abordagem que permita prever o que acontecerá daqui em diante", disse Costas Papazachos, professor de geofísica aplicada e sismologia na Universidade de Tessalônica, na Grécia, citado pela Sky News.
Santorini fica ao largo do Arco Vulcânico do Mar Egeu Meridional, uma cadeia de vulcões que se estende do Peloponeso, no sul da Grécia, até as Ilhas Cíclades. A ilha também tem uma caldeira - grande cavidade circular que permanece quando a parte central de um vulcão desaba após uma erupção.
Na semana passada, o Ministério da Crise Climática e Proteção Civil da Grécia anunciou que sensores detetaram "atividade sísmica-vulcânica leve" dentro da caldeira.
Há dois vulcões na área - Nea Kameni, que se encontra dentro da caldeira de Santorini, e Kolumbo, um vulcão submarino que fica a cerca de 8 km a nordeste da ilha e que é considerado um dos mais profundos do mundo.
Investigadores garantem que os terramotos atuais não estão relacionados com a atividade vulcânica. Efthymios Lekkas, sismólogo e chefe do comité de controlo científico do Arco Vulcânico do Egeu, afirma que já se passaram 3 mil anos desde a última explosão.
"Temos muito tempo pela frente antes de enfrentarmos uma grande explosão", referiu.
O governo de Santorini alertou os hotéis e todos os tipos de alojamentos turísticos que peçam aos turistas para "evitar os pontos perigosos da ilha".
O Ministério das Negócios Estrangeiros do Reino Unido também partilhou um aviso do Ministério da Proteção Civil grego de que as pessoas são aconselhadas a "não comparecer a grandes reuniões em ambientes fechados e a evitar prédios antigos ou abandonados".
As pessoas foram aconselhadas a evitar os portos de Amoudi, Armeni, Korfos e Porto Velho na área de Fira e a escolher rotas seguras para viajar, principalmente em áreas onde o risco de deslizamentos de terra é alto.
"Em caso de tremor forte, as pessoas devem deixar imediatamente as áreas costeiras", disse o ministério.
Moradores e hotéis foram instados a esvaziar piscinas porque o movimento da água em um grande terramoto poderia destabilizar edifícios.
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