Governo e professores vão fazer contas ao descongelamento de carreiras
Negociações vão decorrer antes da apresentação do Orçamento de Estado.
O Governo aceitou esta quarta-feira criar uma comissão técnica em conjunto com os sindicatos de professores para avaliar o custo da recuperação do tempo de serviço congelado.
A comissão vai iniciar o trabalho este mês para que os números sejam conhecidos quando Governo e sindicatos regressarem à mesa de negociações.
Na reunião desta quarta-feira no Ministério da Educação, em Lisboa, acompanhada no exterior por centenas de docentes, ficou definido que as partes voltam a negociar em setembro, antes do Orçamento do Estado.
"Teremos novos dados para dissipar qualquer nebulosa nesta matéria. Faremos um novo caminho [nas negociações]", disse o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Mário Nogueira anunciou as novidades discursando perante os professores, que as receberam com uma mistura de aplausos e assobios. Nogueira destacou o facto de, nesta reunião, o Governo não ter descartado a hipótese de devolver todo o tempo congelado: 9 anos, 4 meses e 2 dias.
Mas o ME frisou que considera apenas sete anos de tempo congelado e avisou, em comunicado, que "não é possível a contagem integral do tempo". O Ministério das Finanças também participou na reunião desta quarta-feira.
PORMENORES
Orçamento no vermelho
O Bloco de Esquerda considera que recuperar o tempo de serviço congelado dos professores é a linha vermelha do Orçamento.
Protestos nos Açores
Mais de cem professores manifestaram-se na ilhas do Faial e da Graciosa, esta quarta-feira, para exigir a reposição integral do tempo de serviço.
Greves em outubro
Mário Nogueira anunciou mais protestos em setembro, no início do ano letivo, bem como greves de professores em outubro.
Notas à meia-noite
Os resultados dos exames são afixados esta quinta-feira e há escolas, em especial no Norte, que abriram à meia-noite só para este efeito.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt