DGS reduz período de isolamento para sete dias para infetados assintomáticos e contactos de alto risco

Graça Freitas adianta que recuperados e vacinados com reforço ficam dispensados de isolamento em caso de contacto de risco.

30 de dezembro de 2021 às 14:20
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu encurtar de 10 para 7 dias o período de isolamento das pessoas infetadas com Covid-19 assintomáticas e dos contactos de risco.

A decisão, hoje anunciada, surge um dia depois da Região Autónoma da Madeira ter reduzido para cinco dias o período de isolamento de infetados assintomáticos e de quem contactou com casos positivos, acabando mesmo com a quarentena de contactos vacinados com a terceira dose.

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Recorde-se que os Estados Unidos reduziram para cinco dias de isolamento para infetados assintomáticos e em Espanha o período de isolamento foi reduzido para sete dias.

Em entrevista exclusiva ao CM/CMTV a diretora geral da saúde, Graça Freitas, esclareceu que "sete dias é o período que conjuga o melhor equilíbrio possível" entre o combate à propagação da doença e a vida laboral. Também adiantou que quem tem a dose de reforço "já não é considerado um contacto de alto risco" e que os contactos laborais também "não requerem isolamento".

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A diretora geral da Saúde fez um apelo para a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos de idade, que se irá realizar em massa entre os dias 6 e 9 de janeiro. Os autoagendamentos já se encontram disponíveis e Graça Freitas garante que "a vacina é segura e eficaz" nas crianças.

Ainda, à RTP3, Graça Freitas explicou que os recuperados da Covid-19 e aqueles que já têm a dose de reforço da vacina, no caso de um contacto de risco com um infetado, não terão que ficar em isolamento.

Os Estados Unidos já tinham também reduzido, de dez para cinco dias, a duração do período de isolamento das pessoas que testam positivo para a covid-19, desde que estejam assintomáticas."Essas pessoas [recuperados e inoculados com dose de reforço] estarão à partida protegidas", justificou.

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De acordo com fonte dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano, a orientação está em sintonia com indicações crescentes de que as pessoas infetadas com o novo coronavírus são mais contagiosas dois dias antes e três dias depois de desenvolverem sintomas.

O Reino Unido também diminuiu o período de isolamento, de dez para sete dias, para pessoas vacinadas que ficaram infetadas.

A decisão da DGS surge numa altura em que os casos da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 estão a aumentar exponencialmente em Portugal e no mundo, tendo as infeções com SARS-CoV-2 atingido hoje, pelo terceiro dia consecutivo, um novo máximo de 28.659 novos casos em 24 horas.

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A norma 004/2020 da DGS, que estabeleceu os procedimentos a adotar na abordagem ao doente com suspeita ou infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), referia que para os doentes com covid-19 assintomáticos, o fim das medidas de isolamento era determinado 10 dias após a realização do teste laboratorial que estabeleceu o diagnóstico de Covid-19 e que no caso dos doentes sintomáticos com covid-19 com doença ligeira ou moderada, o isolamento terminaria ao fim de "10 dias desde o início dos sintomas", desde que não estivessem a utilizar medicamentos antipiréticos e apresentassem uma "melhoria significativa dos sintomas durante três dias consecutivos".

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