Costa avisa docentes que já foi até ao limite
Ministério alterou datas de exames devido a projeto de flexibilidade curricular.
O primeiro-ministro, António Costa, avisou esta quarta-feira que o Governo não vai convocar os professores para negociar o tempo de serviço congelado se não houver nada de novo a propor, frisando que o Executivo já foi até ao limite quando propôs a recuperação de 2 anos e 9 meses.
"Nós não nos sentamos à mesa só para entreter, mas sim se houver alguma coisa nova e, da parte dos sindicatos, só vimos intransigência", afirmou Costa, acrescentando: "Da nossa parte, com toda a franqueza, fomos ao limite daquilo que achávamos razoável e certo. Não conseguimos encontrar até agora nenhuma nova ideia que justifique a abertura da negociação."
Costa falava na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, após a conferência ‘A Educação e os Desafios do Futuro’, onde uma delegação da Fenprof que integrava o secretário-geral Mário Nogueira marcou presença e exibiu uma faixa a exigir a recuperação de 9 anos, 4 meses e 2 dias.
O chefe de Governo reiterou que não há pressa na negociação imposta pelo Orçamento do Estado.
"Temos todo um ano para a aplicação do Orçamento", afirmou António Costa, frisando: "Os sindicatos não têm nada a propor, só intransigência. Nós temos puxado pela imaginação, mas também não encontramos nada de novo. Quando tivermos uma nova ideia vamos tentar negociar."
"Não brinque com as escolas e os alunos"
António Costa dirigiu-se a uma delegação da Fenprof presente na conferência na Gulbenkian e entrou mesmo em diálogo com Mário Nogueira.
"Não brinque com as escolas, não brinque com os alunos", afirmou o secretário-geral da Fenprof, dirigindo-se a Costa, numa alusão às greves de docentes que podem prejudicar os estudantes. "Aqui ninguém brinca com os alunos", respondeu o primeiro-ministro, António Costa.
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