Ex-presidente da Raríssimas e o filho gastaram 40 mil euros em cursos
Formações em escola de elite foram pagas com dinheiro de duas associações.
Paula Brito e Costa e o filho, César Brito e Costa, receberam várias formações pagas pela Raríssimas e pela Federação das Doenças Raras (FEDRA) que ascendem a mais de 40 mil euros.
A notícia é avançada esta quarta-feira pelo jornal i, que revela que os cursos foram tirados na AESE, uma escola de negócios de elite que funciona em Lisboa e é controlada pela Opus Dei.
De acordo com as informações que a própria AESE prestou ao jornal, a ex-presidente da Raríssimas, tirou três formações entre 2014 e 2016: um Seminário de Gestão Eficaz de Projetos (500 euros), um Programa de Alta Direção de Empresas (17.500 euros) e um Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (7.300). Acrescentando o IVA de 23%, os cursos terão custado 31488 euros, embora a AESE admita que tenha sido aplicado um desconto de 15% por a despesa ser paga por associações de solidariedade social.
Já o filho de Paula Brito e Costa, que, tal como a mãe, não é licenciado, fez duas formações na AESE. Trata-se do programa de verão AESE Summer School (500 euros) e um Programa de Gestão e Liderança (7000). Somando a estes valores o IVA, chega-se a um valor de 9225 euros, também pagos pela Raríssimas.
Juntos, mãe e filho receberam assim formações no valor de 40.731 euros.
O jornal i fala refere ainda que, no mesmo período, a ex vice-presidente da Raríssimas, Joaquina Magalhães Teixeira, também fez um curso de Alta Direção de Instituições de Saúde na AESE, no valor de 8979 euros (com IVA).
Fundada em 1980, a AESE é a mais antiga escola de negócios do país. Vocacionada para a formação de gestores de topo, é controlada pela Opus Dei, prelatura pessoal da Igreja Católica fundada pelo padre Josemaría Escrivá de Balaguer, em Espanha, no ano de 1928.
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