Poliomielite volta a ameaçar

Médicos alertam para risco de não quererem vacinar crianças.

03 de janeiro de 2016 às 01:00
Poliomielite, ameaça, saúde, médicos, risco, vacinas, crianças, pais Foto: Jupiter Images
Partilhar

Apesar de ter sido dada como eliminada na Europa em 2002, a poliomielite, doença altamente contagiosa que causa paralisia infantil e a morte, ameaça regressar ao espaço europeu. As autoridades de saúde estão em alerta devido à entrada de pessoas não vacinadas oriundas de países onde a taxa de vacinação é muito baixa ou até inexistente. São disso exemplos a Índia e a Síria, entre outros, e o continente africano. O risco de contágio é elevado para quem não estiver vacinado, sobretudo as crianças.

O último caso de poliomielite em Portugal foi registado em 1987. Quinze anos depois, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença eliminada da Europa, mas não erradicada devido à existência de surtos que vão ocorrendo em algumas regiões do globo. O anúncio da erradicação da doença do Mundo está previsto para 2018.

Pub

"Hoje em dia, há uma grande facilidade na deslocação das pessoas, que viajam de uns países para os outros, e por isso pode haver casos importados e um reacendimento da doença na Europa", afirmou ao CM o pediatra Libério Ribeiro.

O risco do aparecimento da poliomielite e de outras doenças consideradas eliminadas nos países europeus é tanto maior quantas mais crianças não forem vacinadas por recusa dos pais. Esta é uma decisão que tem vindo a ganhar adeptos, mas que os médicos contestam e para o sério risco da qual alertam, para as próprias crianças e para a comunidade. Recorde-se o caso de um rapaz de seis anos que apanhou difteria, acabando por morrer em Espanha. Não estava vacinado por opção dos pais.

Pub

"A não vacinação é uma prática perigosa porque contribui para uma situação de falta de imunidade", sublinhou Libério Ribeiro.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar