Prolongado até 10 de março serviços minímos nas escolas
Medida abrange três horas de aulas por dia.
Os serviços mínimos nas escolas foram prolongados até 10 de março. Na nota publicada esta sexta-feira pelo colégio arbitral pode ler-se que voltam a estar abrangidas pelo menos três horas de aulas por dia.
O acórdão surge após o Sindicato Independente de Todos os Professores e Educadores (STOP) anunciar novos pré-avisos de greves, entre 27 de fevereiro e 10 de março. Entre os motivos apontados para justificar a decisão, são sublinhadas as desigualdades entre o ensino público e privado e o facto de as avaliações do 2.º período deverem estar concluídas a 32 de março.
O tribunal reafirma que está em causa "um serviço público essencial, destinado a satisfazer necessidades sociais impreteríveis", para justificar a necessidade de prolongar os serviços mínimos decretados na semana passada e em vigor até 24 de fevereiro. A decisão foi aprovada por unanimidade.
Os serviços mínimos abrangem tanto os professores como a comunidade não-docente essencial para o normal funcionamento das escolas.
Tal como nas medidas aplicadas anteriormente, os estabelecimentos de ensino de pré-escolar e 1º ciclo têm de garantir três horas de aulas até à pausa de almoço, enquanto que nos restantes ciclos o equivalente a três tempos letivos de aulas. De notar que, os alunos têm que ter aulas de todas as disciplinas durante a semana.
Além das aulas, devem estar também garantidos os apoios aos alunos que beneficiam de medidas adicionais no âmbito da educação inclusiva, apoios terapêuticos, apoios aos alunos em situações vulneráveis, o acolhimento dos alunos nas unidades integradas nos Centros de Apoio à Aprendizagem e a continuidade das medidas direcionadas para o bem-estar socioemocional.
Quanto aos trabalhadores não docentes, devem assegurar o serviço de portaria, a disponibilização de refeições e a vigilância dos alunos no espaço escolar.
As greves dos professores tiveram início a 9 de dezembro. Em causa estão reivindicações ligadas à precariedade laboral e à falta de dignidade atribuída à profissão. Desde então, no país, tem-se sentido a revolta da comunidade docente através de várias manifestações e greves marcadas. Uma dos principais temas em análise é o tempo de serviço, que se encontra congelado há seis anos.
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