Temos de tomar mais vitamina D? Em tempos de muito sol, saiba se precisa deste reforço

Conheça os principais benefícios desta vitamina.

06 de agosto de 2024 às 12:58
Frasco com comprimidos amarelos Foto: Pixabay/Pexels
Partilhar

Os especialistas afirmam que, de um modo geral, a quantidade de vitamina D obtida através dos alimentos e da exposição solar é suficiente para manter níveis adequados. No entanto, quando tal não acontece (e somente nesses casos) é recomendada a toma de suplementos.

Pesquisas recentes provaram que suplementos não são benéficos para quem já ingere os níveis adequados da vitamina. Os especialistas temem que os entusiastas dos suplementos abusem deles na crença de que mais é melhor ou, no outro extremo, que algumas pessoas privadas de nutrientes os evitem completamente.

Pub

Segundo Roger Bouillon, endocrinologista da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, a toma de vitaminas "é como a maioria das coisas. Precisa de uma quantidade ideal: 'nem pouco nem muito'". No entanto, continua a ser difícil determinar quem precisa de suplementos de vitamina D, qual a quantidade ideal a tomar e quais são os seus benefícios específicos para a saúde, explica o investigador ao

Os principais benefícios da vitamina D foram descobertos no início da Revolução Industrial, no final do século XVIII. Uma vez que muitas pessoas viviam em cidades com climas sombrios e trabalhavam em ambientes fechados, muitas delas - principalmente crianças - desenvolveram raquitismo, uma doença em que os ossos ficam moles, fracos e, muitas vezes, deformados.

Pub

Na mesma altura, os cientistas descobriram que a luz solar curava e prevenia a doença, uma vez que desencadeia uma reação que gera vitamina D. Com isto, a vitamina é convertida na sua forma ativa nos rins e depois transportada para o intestino, onde estimula as células a transportar cálcio, uma componente chave dos ossos, na corrente sanguínea, como explica Sylvia Christakos, bioquímica da Rutgers Medical School, em Nova Jérsia, nos EUA.

De acordo com algumas estimativas, cerca de 20% da população do Reino Unido sofre de deficiências graves, devido ao clima nórdico e setentrional e à falta de alimentos fortificados. Os Estados Unidos, onde muitos produtos lácteos e alguns sumos e cereais de pequeno-almoço são fortificados com vitamina D, situam-se algures no meio (cerca de 6% da população sofre de deficiências graves). 

Ignorando fatores geográficos e, consequentemente, climáticos, os grupos populacionais mais propensos à deficiência são os bebés que não recebem fórmulas fortificadas, os idosos (cuja pele produz vitamina D de forma menos eficaz) e as mulheres grávidas. As pessoas de pele mais escura também devem tentar obter vitamina D de forma suplementar, uma vez que a pigmentação de melanina da pele bloqueia a luz ultravioleta, tornando mais difícil a obtenção da vitamina através da exposição solar.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar