Dispositivo é usado em crianças com problemas congénitos.
São casos raros, mas também existem crianças e jovens portugueses que dependem do pacemaker. O princípio é o mesmo do dispositivo implantado nos adultos: manter o coração a bater de forma ritmada e saudável. Não é uma limitação, não impede uma vida normal e o rápido diagnóstico, muitas vezes antes do nascimento, abre caminho ao planeamento da terapêutica.
"Normalmente, estas situações são de origem congénita e podem ser detetadas ainda durante a gestação, o que permite programar o tratamento mais adequado", explica ao CM Carlos Morais, cardiologista e presidente da Associação Bate Bate Coração. Sublinhando a "raridade" deste tipo de patologia nas crianças, o especialista desmistifica o impacto que o dispositivo pode ter na vida dos mais pequenos. "As crianças, por terem um pacemaker, não são mais limitadas do que as outras. É possível ser diferente, sem ser limitado", defende.
O pacemaker entra em cena quando o coração não é capaz de gerar o ritmo cardíaco suficiente para manter uma atividade normal. "O dispositivo é implantado quando os doentes apresentam arritmias lentas graves, que raramente são tratáveis com medicamentos", refere Carlos Morais.
Se nos adultos os sintomas podem ser facilmente associados ao envelhecimento e, por isso, ignorados, nas crianças, o diagnóstico tende a ser mais rápido. "Há sinais de alerta que são detetáveis pelos pais, como a incapacidade da criança assegurar funções vitais ", afirma o cardiologista. Dificuldades na alimentação ou em respirar são alguns dos possíveis sintomas de uma condição cardíaca. A confirmação chega, normalmente, com os resultados de um eletrocardiograma.
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