Prédio que explodiu afetou moradores, vizinhos e lojistas.
Passaram quase oito anos, mas o som da explosão de gás ainda é recordado por muitos dos moradores e comerciantes da praceta Afonso Paiva como se se tratasse de uma bomba a cair. Eram 18h45 de 22 de novembro de 2007. Mais de 80 lesados, entre moradores do prédio número 13, vizinhos, lojistas, seguradoras, hospitais e Estado – exigem quatro milhões de euros de indemnizações. A leitura da sentença está marcada para amanhã em Setúbal.
No julgamento foram ouvidas quase 300 testemunhas. Nas alegações finais, o Ministério Público pediu a absolvição dos três arguidos. Bruno Vieira, Marco Ferreira e Carlos Martinho, técnicos das empresas Gasfomento, Setgás e Ecatotalinspe, são acusados dos crimes de incêndio, explosão e conduta perigosa, e incorrem numa pena de cinco anos de prisão. No entanto, o magistrado do MP sustentou que continua por apurar quem abriu o redutor de gás que terá estado na origem da explosão. Os moradores temem agora que a culpa venha a morrer solteira. Nuno Fonseca, residente no 11º D, diz que as suas expectativas "são baixas, tendo em conta como funciona a Justiça em Portugal". "Quando ouvi o estrondo, a minha filha tinha acabado de sair do elevador. Ainda não tinha chegado à porta de casa, quando o elevador caiu. Todos os dias agradeço por ela estar viva", recorda, por sua vez, Cristina Oliveira, do 2º C.
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