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Novo recorde de mortos por Covid-19 em Portugal: 46 em 24 horas. Há mais 2506 infetados

Há mais 133 pessoas internadas por Covid-19, 10 das quais em cuidados intensivos.

02 de novembro de 2020 às 15:11

Foi registado esta segunda-feira o recorde de mortos por Covid-19: nas últimas 24 horas morreram 46 pessoas vítimas da doença em Portugal. Registam-se mais 2506 infetados com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da DGS desta segunda-feira.

De acordo com o boletim divulgado esta segunda-feira, Portugal já contabilizou 146.847 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.590 óbitos.

Dos 46 óbitos, 20 ocorreram na região Norte, 17 em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Centro, um no Alentejo e um no Algarve. A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, hoje com mais 1.202.

Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir, sendo agora 2.250 pessoas, mais 133 do que no domingo, e destas, 294 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, mais dez que ontem.

As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 65.428 pessoas, mais 1.623 do que nas últimas 24 horas. A DGS revela ainda que estão ativos 60.963 casos, mais 937 do que ontem. Nas últimas 24 horas foram dados como recuperados 1.523 casos, totalizando 83.294 desde o início da pandemia.

Graça Freitas pede para "não baixarmos a guarda, por muito cansados que estejamos"

Durante a conferência de imprensa da DGS, Graça Freitas deixou uma mensagem de agradecimento aos profissionais de saúde e depois aos cidadãos recordando que "as únicas medidas que temos neste momento contra a propagação do vírus são os nossos comportamentos, que travaram a primeira onda epidémica".

A diretora-geral da Saúde recordou que esta segunda-feira faz exactamente oito meses desde o primeiro caso de Covid-19 em Portugal. "Somos tentados a dar passos que nos desprotegem, e aos que estão à nossa volta", considerou Graça freitas, que logo fez um apelo a todos para "não baixarmos a guarda, por muito cansados que estejamos".

"Neste momento estamos em fase ascendente", admite Graça Freitas ressalvando que tem "tendência a crescer", e que por isso "é responsabilidade nossa achatar a curva".

Admitindo que para achatar a curva epidemiológica "não temos muitas coisas", Graça Freitas realçou a maior ‘arma’: a prevenção.

"A prevenção tem muito a ver com os nossos comportamentos individuais", disse a DGS, sem esquecer o papel das várias entidades que têm que assegurar que cada cidadão possa adotar os comportamentos preventivos. "A grande medida é reduzir o número de contactos entre as pessoas", disse Graça Freitas sobre o período de combate à pandemia que se avizinha.

Em seguida, Graça Freitas recordou os comportamentos de prevenção da Covid-19: "O básico é manter a distância física, o ideal é dois metros. Usar máscara, porque é método barreira que nos protege e protege os outros. Levar o menos número de vezes possível a mão à cara", foi enumerando graça Freitas, assim como as outras medidas de higiene e prevenção, como lavagem e disinfeção das mãos, evitar tocar nos olhos nariz e boca, assim como as regras de etiqueta respiratória.

"Sem deixar de ir à escola, ao comércio, ao teatro, ao cinema, temos que continuar a viver. A única coisa que temos que fazer é alterar o nosso estilo de vida e diminuir o número de contactos", considerou Graça Freitas.

Questionada sobre o regresso de público aos estádios de futebol, após os testes-piloto feitos, Graça Freitas descartou que possa acontecer em breve, defendendo que é preciso primeiro achatar a curva de transmissão. "Logo que houver condições, e uma vez que o sector se tem portado de forma tão controlada, retomarão os testes-piloto", garantiu.

Graça Freitas deixou ainda um aviso, questionada sobre se estamos a caminhar para o pico da pandemia em Portugal: "Não sabemos o tamanho da montanha. Não sabemos quando estamos no pico. Estamos a correr uma maratona sem fim, não sabemos quando vai acabar e provavelmente teremos outras ondas, outras curvcas e outros picos. Isto acaba por ser mais uma cordilheira", admitiu Graça Freitas.

Veja os gráficos com a evolução dos números da pandemia em Portugal

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