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Alerta para barragens que têm menos água

Caudais enviados por Espanha próximos do limite mínimo acordado com Portugal.

26 de março de 2019 às 09:05

A seca que atinge a maior parte da Península Ibérica levou a uma redução substancial do caudal do Tejo e a uma descida dos volumes das barragens existentes em todas as bacias hidrográficas nacionais por comparação com a média dos últimos 28 anos.

A água enviada por Espanha no rio Tejo atinge valores próximos do limite mínimo definido na convenção assinada com Portugal.

Documentos

Na fronteira entre os dois países, o volume mínimo a cumprir semanalmente é de 7 hectómetros cúbicos (hm3). Na semana que terminou no último sábado, este valor foi respeitado à justa por Madrid: não foram enviados mais de 9,2 hm3.

A reduzida quantidade de água que circula no maior rio ibérico levanta preocupação. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) salienta que "os valores de precipitação na bacia portuguesa correspondem a menos de 50% do normal. E na bacia espanhola a situação é mais gravosa do que a observada nos últimos dois anos".

"Assim sendo, efetivamente, os caudais lançados estas últimas semanas comparativamente a 2017 e 2018 são inferiores", acrescenta a APA.

No lado português da bacia hidrográfica, a APA esclarece que a "barragem de Pracana, no rio Ocreza, e a de Castelo do Bode, no rio Zêzere, estão a lançar desde janeiro de 2018 o caudal ecológico" , que permite a existência de vida no rio Tejo.

Agricultores temem ano de "calamidade"

A Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado prevê "um ano de calamidade" em termos agrícolas, devido à falta de água nas albufeiras de Campilhas (que regista um armazenamento de 16,3%) e Fonte Serne (33,8%), ambas no concelhos de Santiago do Cacém.

Já no concelho de Ourique a barragem de Monte da Rocha, regista um armazenamento de 11,8%. A água existente deixa fora da rega 3700 hectares.

albufeiras no continente são monitorizadas diariamente pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. No seu conjunto os armazenamentos existentes desceram ligeiramente face a fevereiro último.

Missão de prever o tempo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera é um laboratório de Estado que tem por missão promover e coordenar a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e a prestação de serviços de meteorologia, clima ou sismologia.

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