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ANEM destaca que a educação sexual "é fundamental na formação dos jovens"

Na segunda-feira o Governo divulgou o novo plano para a disciplina de Cidadania que passa por dedicar menos atenção a temas como a educação sexual.

23 de julho de 2025 às 12:17

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) destacou esta quarta-feira a importância da educação sexual estar incluída no currículo escolar, considerando que "é fundamental na formação dos jovens" para protegerem a sua saúde e terem relações saudáveis.

Em comunicado, a ANEM adianta que "os dados demonstram que a Educação para a Sexualidade é essencial para a prevenção da violência de género, de gravidezes não desejadas e de infeções sexualmente transmissíveis, contribuindo para escolhas informadas e saudáveis".

Refere, a propósito, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) "aponta para evidências científicas inequívocas quanto aos seus benefícios".

Na segunda-feira, o Governo divulgou a nova Estratégia Nacional para a Educação para a Cidadania e as Aprendizagens Essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, que deverá passar a dedicar menos atenção a temas como a sexualidade ou o bem-estar animal.

"A ANEM tem sido uma defensora da educação para a sexualidade, propondo o seu reforço. Acreditamos que a Educação para a Sexualidade é fundamental e que a sua atual abordagem no sistema de ensino é insuficiente. Retirar esta temática dos conteúdos lecionados na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento seria, na nossa perspetiva, prejudicial", salienta o seu presidente, Paulo Simões Peres, citado no comunicado.

A associação, que representa cerca de 10.500 estudantes de oito Escolas Médicas em Portugal, propõe assim o aumento da carga horária atribuída à Educação para a Sexualidade e o reforço das temáticas de identidade e violência de género no currículo durante a escolaridade obrigatória.

Os documentos divulgados há dois dias pelo Ministério da Educação vão estar até 01 de agosto em consulta pública, pronunciando-se a ANEM neste âmbito.

As anunciadas alterações do currículo da disciplina já foram criticadas por políticos, a Federação Nacional dos Professores e a Liga Contra a Sida.

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