José Gouveia acredita que adiar a situação "só iria criar mais problemas e falências".
A Associação Discotecas Nacional (ADN) defendeu esta quarta-feira ser "o momento" de voltar a abrir aqueles espaços, fechados desde março de 2020, tendo em conta que serão atingidos os 85% de pessoas com a primeira dose da vacina.
José Gouveia, da ADN, avançou não acreditar que haja necessidade "de esperar até outubro para que as discotecas possam abrir", lembrando que seria o "adiar de uma situação que só iria criar mais problemas e falências".
O dirigente da ADN falava depois de o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 ter admitido que, na próxima semana, a taxa de vacinação com primeiras doses deverá atingir os "85 ou 86%", situando-se nos 81,6% a taxa de pessoas com a vacinação completa.
"Para a próxima semana, atingiremos, com a ajuda dos portugueses, dos últimos portugueses que têm que vir à vacinação, 85 ou 86% [da taxa de vacinação]. E o processo em termos de primeiras doses está completo. Depois é o processo de segundas doses", afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, na Guarda.
"Este é o momento. Se para a semana atingirmos os 85% da vacinação em Portugal e dado que o Governo disse que as discotecas abriam quando se atingisse esses números", disse José Gouveia.
"Está na altura de abrir as discotecas atingida que está a meta de vacinados. As discotecas em Portugal estão preparadíssimas para abrir, com todas as restrições que daí advenham", avançou, explicando que, apesar de continuarem com "a consciência de que as pistas de dança têm de ficar em 'stand-by'", acreditam que "numa casa com mesas as pessoas possam levantar-se para dançar com máscara".
Para José Gouveia, é preciso "deixar para trás um certo preconceito" com este tipo de estabelecimentos, que mais sofreram com a pandemia.
"Depois de retirada a limitação [da lotação] nos transportes públicos, a questão é agora porque não se pode dançar numa pista de dança com máscaras, porque é que as pessoas não se podem divertir numa pista com máscara", questionou.
José Gouveia lembrou ainda que foi dada a oportunidade ao setor de funcionar como bar, mas reconheceu também que o mesmo "foi insuficiente para a estrutura pesada" que este tipo de empresas tem.
"Não vejo o porquê de continuarmos fechados. Ainda temos um período de verão a decorrer, ainda temos um período de férias para os nossos estudantes que estão certamente esfomeados de se divertirem de noite, de discotecas, de dançaram, de estarem mais à vontade e de sentirem alguma liberdade", desabafou.
O levantamento gradual das restrições em função da vacinação contra a covid-19 arrancou em 01 de agosto, com regras aplicáveis em todo o território continental, inclusive o limite de horário de encerramento até às 02:00 para a restauração.
Nestas medidas de alívio está a reabertura de bares e outros estabelecimentos de bebidas "sujeitos às regras da restauração".
Entre as medidas que entraram em vigor no dia 23, está o aumento da lotação máxima dos restaurantes e similares, que passou de seis para oito pessoas por mesa no interior, e nas esplanadas de 10 para 15 pessoas.
Os bares que recusem funcionar com as regras da restauração e as discotecas permanecem encerrados até outubro.
A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.674 pessoas e foram contabilizados 1.025.869 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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