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Associação sindical dos trabalhadores da Carris lamenta "circo mediático" em torno do acidente no Elevador da Glória

Qualquer "comentário precipitado" antes do apuramento das causas do acidente contribui apenas para "gerar ruído", segundo a associação.

08 de setembro de 2025 às 18:27

A associação sindical dos trabalhadores da Carris lamentou, esta segunda-feira, o "circo mediático" em torno do descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, considerando que qualquer "comentário precipitado" antes do apuramento das causas do acidente contribui apenas para "gerar ruído".

"A ASPTC não se disponibiliza a participar no circo mediático em que se transformou o fatídico acidente recentemente ocorrido no elevador da Glória", afirmou, em comunicado a Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.

Para a organização representativa dos funcionários da transportadora, "qualquer disputa política ou comentário precipitado, sem que estejam devidamente apuradas as causas e eventuais omissões, apenas contribui para gerar ruído na opinião pública e no seio dos trabalhadores".

"Em memória do nosso colega e associado André Marques, não queremos, nem iremos contribuir para esse ruído. Contudo, reafirmamos que não deixaremos que as causas deste gravíssimo acidente sejam esquecidas", lê-se na nota.

A associação sindical assegurou que "continuará a lutar para que tragédias desta dimensão não se repitam" na empresa, detida a 100% pela Câmara de Lisboa e responsável pelo transporte público rodoviário na área do município.

"Neste momento, a nossa voz dirige-se, antes de mais, às famílias das vítimas, a quem continuamos a apresentar as mais sentidas condolências e a manifestar a nossa solidariedade", salientou a direção da ASPTC, garantindo que, "quando as causas forem totalmente esclarecidas", atuará de "forma firme e responsável, em conformidade com a gravidade da situação".

O elevador da Glória, gerido pela Carris, liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

O elevador descarrilou na quarta-feira, provocando 16 mortos - cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês -, identificados pela Polícia Judiciária e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Segundo as autoridades, registaram-se ainda 22 feridos.

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