Participantes cumpriram um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente do Elevador da Glória, na quarta-feira, em Lisboa.
Cerca de uma centena de pessoas iniciaram este sábado uma marcha pelas 16h00 horas junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, para reivindicar direitos para "todos os animais".
A sétima edição da Marcha Nacional pelos Direitos de Todos os Animais serve para mostrar que "as vidas de todos os animais importam e que todos eles merecem viver livres de dor, exploração e em liberdade".
Com cartazes com as inscrições "Libertação Animal" ou "Seja Vegan", os marchantes gritavam palavras de ordem como "Direitos dos animais são fundamentais" e "Vamos dar voz aos que se sentem como nós".
Em declarações à Lusa, uma das organizadoras do movimento Portugal Animal Save explicou que a iniciativa visa "mostrar que os animais têm voz", independentemente da espécie.
"Nós somos um movimento abolicionista. Lutamos pela libertação animal, que é uma das mensagens que trazemos connosco. Nós lutamos contra o especismo. Achamos que algumas espécies são merecedoras de amor e outras são merecedoras de estar no nosso prato, portanto, não têm quaisquer direitos", disse Mia de Carvalho.
Para a responsável, hoje são reivindicados "o direito à vida, o direito à justiça, o direito a um habitar, o direito a um resgate e o direito [de os animais] serem livres".
"Todos os animais, independentemente da espécie e em especial os animais que são comumente ignorados pela sociedade, que são aqueles que acabam no nosso prato. (...) Por exemplo, um porco até é mais inteligente que um cão. A inteligência não devia definir se um animal é merecedor de viver ou não", salientou.
Também a organizadora Mariana Pinheiro reiterou que "o que está em causa é que todos os animais têm direito, não só alguns".
"Aqueles que usamos para comer, para desporto, para tudo e mais alguma coisa são extremamente explorados. A ideia é mostrar que não podemos fazer uma distinção entre aqueles que amamos e que usamos", afirmou.
Mariana Pinheiro referiu que "todos os animais têm dor" e que consumi-los é "ir contra a parte ética" daquilo que defende.
"Como seres humanos, não gostamos e nem queremos qualquer sofrimento animal. A ideia é mostrar: conseguimos estar aqui sem qualquer consumo animal, sem qualquer produto animal, seja leite, seja carne. Estamos aqui para mostrar que é possível ter uma vida saudável, é possível ajudar o ambiente não consumindo animais", frisou.
O ativista Francisco Brandão defendeu um mundo em que os animais não são usados para proveito dos humanos, quer na alimentação, quer no têxtil.
"O que nós pretendemos (...) é um mundo em que nós não usamos animais para nada, nem para alimentação, nem para vestuário, nem para outras situações. Eu próprio sou vegano já há 10 anos. Não como nada de origem animal, não visto nada de origem animal, tenho o máximo cuidado com produtos de proteção genética", contou.
Francisco Brandão lamentou ainda o "espetáculo macabro e anacrónico" da tourada, que tem impacto nos animais e nas pessoas, recordando a morte de um jovem, no final de agosto, no Campo Pequeno quando efetuava uma pega a um touro.
À Lusa, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, disse que o partido "não podia de deixar de se associar" à marcha, que "vem pedir uma sociedade de menor violência para com os animais".
"Aquilo que está aqui a ser reivindicado não se trata de uma festa, trata-se, sim, de um apelo para que possamos combater os maus-tratos, o abandono. Houve muitos animais também vítimas dos incêndios. É preciso que o Governo tome medidas, por exemplo, para ajudar a fauna selvagem (...). E precisamos, sem dúvida, de uma sociedade mais empática e de maior respeito para com os animais", sublinhou.
A marcha teve início no Campo Pequeno e dirigiu-se para a Assembleia da República.
Antes de fazerem o percurso, os participantes cumpriram um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente do Elevador da Glória, na quarta-feira, em Lisboa.
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