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Circulação no Metro de Lisboa normalizada após perturbações devido a plenário

Plenário de trabalhadores realizou-se na sequência de uma reunião na terça-feira com o Conselho de Administração do Metro.

24 de setembro de 2025 às 14:19

A circulação no Metropolitano de Lisboa (ML) encontra-se normalizada desde as 13:15 de esta quarta-feira, após perturbações desde as 09:15 devido a um plenário de trabalhadores, revelou à Lusa fonte da empresa de transporte público.

Inicialmente, a empresa ML avisou que esta quarta-feira, das 09:15 às 11:45, poderiam ocorrer perturbações na circulação de comboios, devido a realização de plenário dos trabalhadores.

A normalização da circulação do metro ocorreu pelas 13:15, disse à Lusa fonte da empresa.

Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), disse ao fim da manhã que as perturbações na circulação do ML se iniciaram às 09:00 de esta quarta-feira e deveriam manter-se até às 11:45, apesar de a essa hora o plenário de trabalhadores já ter terminado (decorreu entre as 10:00 e as 11:00).

De acordo com Sara Gligó, o plenário de trabalhadores realizou-se na sequência de uma reunião na terça-feira com o Conselho de Administração (CA) do ML.

Posteriormente, em declarações à agência Lusa, outra representante sindical da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), Anabela Carvalheira, disse que este plenário de trabalhadores do ML serviu para aprovar a proposta de acordo relativamente à negociação de 2025, após "alguns acertos" por parte do CA do ML relacionados com cláusulas do acordo de empresa (AE).

A cerca de três meses do fim do ano, o atraso na assinatura do acordo relativamente à negociação de 2025 tem a ver com limitações por força do novo Conselho de Administração do ML ainda não ter sido empossado, explicou, referindo que o que foi conseguido "não é um mau acordo", porque "não há perda de direitos" dos trabalhadores.

"Não assinámos nenhum pacto de paz social", ressalvou Anabela Carvalheira, indicando que está agora a ser preparado o acordo para 2026, que será entregue à empresa até ao dia 31 de outubro, em que "as reivindicações, primordialmente, serão o aumento dos salários", para que os trabalhadores consigam fazer face ao aumento do custo de vida.

Criticando a política de "pagar quanto menos melhor" aos trabalhadores, a dirigente sindical disse que a Fectrans vai continuar a insistir em medidas como a melhoria de condições de trabalho, a continuação da redução do horário de trabalho e o aumento do subsídio de refeição.

Pelo menos até 31 de outubro, data em que a Fectrans entregará a proposta para 2026, não se preveem novas greves e protestos de trabalhadores, acrescentou Anabela Carvalheira, sem antecipar como irá correr o processo de negociação.

Os trabalhadores do ML cumpriram em 09 e 11 de setembro greves parciais para as quais não foram decretados serviços mínimos.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o aumento do subsídio de refeição, de férias e de Natal e alterações no horário máximo de trabalho semanal.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e as 01:00.

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