Deco refere que ensino público surge destacado com a nota mais alta. Em segundo lugar foi referido o Presidente da República.
A confiança dos portugueses nas instituições "melhorou, mas ainda está longe do ideal", destacando-se o índice de confiança no ensino público, seguido do Presidente da República, Exército, Polícia e Serviço Nacional de Saúde, segundo um inquérito da Deco Proteste.
"Em Portugal, o ensino público surge destacado no índice de confiança, com a nota mais alta (6,9 numa escala de um a 10). Em segundo lugar na confiança dos portugueses (6,7) foi referido o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo-se o Exército (6,6), a Polícia (6,5) e o Serviço Nacional de Saúde (6,3)", avança a organização de defesa do consumidor em comunicado.
No polo oposto, com a avaliação mais baixa no gráfico da confiança, surge o sistema judiciário (4) que, ao contrário das restantes instituições, "não registou alterações assinaláveis" face ao estudo de 2016.
Seguem-se a Autoridade da Concorrência (4,4) e o Banco de Portugal (4,9) com os menores índices de confiança.
Segundo a Deco, "a gestão da pandemia da covid-19 contribuiu para melhorar a imagem que os portugueses têm das autoridades de saúde", sendo que, "em comparação com o inquérito de 2016, o índice de confiança no SNS [Serviço Nacional de Saúde] passou de 5,1 para 6,3".
Ainda assim, o grau de conhecimento e de confiança no SNS oscilou consoante as perguntas: Um terço dos inquiridos, por exemplo, desconhece o valor das taxas moderadoras em vigor no SNS e 40% não sabem como apresentar uma reclamação dos serviços prestados. Já metade dos portugueses revela baixa confiança no SNS para responder atempadamente às suas necessidades, sobretudo devido ao aumento das listas de espera com a pandemia.
A Deco Proteste, com as suas congéneres na Bélgica, em Itália e em Espanha, repetiu o inquérito realizado em 2016 sobre a confiança que os cidadãos depositam em várias instituições nacionais e internacionais como o SNS, o sistema judiciário português, o Parlamento Europeu e a Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo também as empresas sido alvo de escrutínio quanto à imagem que projetam.
Os resultados basearam-se em cinco questões específicas para aferir o grau de conhecimentos dos cidadãos sobre a missão, atividade e estrutura destas organizações. Para medir os níveis de confiança, foi pedido aos inquiridos para atribuírem uma classificação de um a 10.
A nível internacional, conclui a Deco, "a gestão da pandemia pela OMS não afetou a confiança dos cidadãos na instituição": Em comparação com o inquérito de 2016, esta passou de cinco para 5,8.
"No entanto -- nota - uma percentagem relevante dos inquiridos (41%) não acredita na independência da OMS perante os interesses da indústria farmacêutica ou dos governos".
O Parlamento Europeu é apontado como "a outra instituição internacional com pouco nível de confiança dos portugueses (5,4), seja por causa da ação dos eurodeputados, seja pela crença de que a instituição privilegia certos países e grupos económicos", sendo que "as gerações mais novas são as que atribuem maior pontuação" a este organismo.
Quanto à imagem das empresas, a Google reúne as preferências dos inquiridos ao obter a nota de 7,4, seguida da Microsoft (sete) e da Volkswagen (6,7).
Pelo contrário, a NOS e a Nowo, duas operadoras de telecomunicações, ocupam o fim da lista, com a pior pontuação das empresas analisadas (4,9 e 4,1, respetivamente).
Para a Deco, "de uma forma geral, os cidadãos revelam um enorme desconhecimento sobre as organizações nacionais e internacionais, o que fazem, como atuam ou estão organizadas", sendo que, "quanto maior é o grau de informação sobre as mesmas, maior é também o nível de confiança".
"Em comparação com o estudo realizado há cinco anos, nota-se uma subida na confiança dos portugueses atribuída à grande maioria das instituições, mas os resultados estão ainda longe do ideal", conclui a responsável pela relação com os media da Deco Proteste.
Segundo Rita Rodrigues, parece, "ainda assim, parece haver um longo caminho a percorrer na melhoria do sistema".
"Uma das razões para a desconfiança parece estar relacionada com a convicção de um elevado número de inquiridos de que estas organizações não são independentes e são permeáveis a interesses de governos ou de grupos económicos, por isso, melhorar o acesso dos cidadãos à informação pode ajudar a mitigar essa desconfiança", conclui.
Este estudo foi realizado em simultâneo em Portugal, na Bélgica, Itália e Espanha, entre abril e maio de 2021.
Uma amostra da população adulta, entre os 18 e os 75 anos, recebeu questionários 'online' ou em papel, tendo sido obtidas 5.314 respostas válidas (1.516 em Portugal), ponderadas por género, idade, região e habilitações literárias para refletirem a realidade de cada país.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.