Primeiro-ministro português reafirmou "todo o empenho de Portugal em continuar a trabalhar com Moçambique".
O primeiro-ministro português e o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, manifestaram-se esta quinta-feira satisfeitos com o retomar dos encontros bilaterais, tendo António Costa reafirmado "todo o empenho" para continuar a trabalhar com aquele país africano.
Estas posições foram assumidas nos momentos iniciais do encontro alargado das duas delegações na V Cimeira Luso-Moçambicana, na Presidência da República de Moçambique, depois de os dois governantes terem estado reunidos a sós.
Na ocasião, o Presidente da República de Moçambique agradeceu ao primeiro-ministro ter aceitado o convite para estar presente na cimeira que decorre esta quinta-feira em Maputo.
Filipe Nyusi aproveitou para felicitar também António Costa pela vitória nas eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o PS alcançou a maioria absoluta.
"O intervalo foi muito curto para se organizar, mas o povo português não precisou de muito tempo para decidir aquilo que muito mais queria, mais estabilidade. A minha felicitação é mais para o povo português, que de uma maneira serena, exemplar, calma o elegeu e elegeu o PS para estar à frente dos destinos do país", assinalou o chefe de Estado moçambicano.
Por seu turno, o primeiro-ministro português reafirmou "todo o empenho de Portugal em continuar a trabalhar com Moçambique, quer no enfrentar das dificuldades, quer também para poder contribuir para que Moçambique tenha pleno aproveitamento de todas as potencialidades".
António Costa realçou que o "hoje [quinta-feira] o Conselho de Ministros aprova a aplicação do acordo na CPLP", que promove a circulação e mobilidade dentro do espaço dos países de língua portuguesa. "Todos os cidadãos de um estado membro da CPLP, que pede visto para entrar em Portugal, deve ser concedido de imediato desde que não haja ordem de restriçao", afirmou o priumeiro-ministro português, realçando que este é um "passo importante para excelência das relaçoes".
"E acho que esta cimeira, tendo já nós um novo programa estratégico, tendo já nós um novo programa de quadro no domínio da defesa, abre perspetivas para podermos dar aqui um salto em frente muito importante nas áreas tradicionais de soberania, de saúde, educação e sobretudo na diversificação da economia, não só naquelas áreas tão importantes como a energia, mas também como a agricultura, que são áreas de grande potencial para o futuro de Moçambique", destacou.
"Muito obrigado, senhor presidente, pela oportunidade de voltarmos a trabalhar juntos", afirmou António Costa, que assinalou também a hospitalidade com que foi recebido em Maputo.
O chefe do Governo português afirmou ser "sempre um grande prazer" voltar à cidade onde nasceu o seu pai, considerando que é como encontrar em Maputo um pouco das suas raízes.
Costa felicitou Moçambique pela "sua recente eleição, por unanimidade, para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas", considerando que a votação alcançada "foi total, 192 votos, um resultado absolutamente extraordinário".
Lembrando que a última cimeira entre os dois países foi em 2019, em Lisboa, o primeiro-ministro assinalou que "foi um momento muito promissor para Moçambique, estava a muito pouco tempo de dar um novo passo na consolidação da paz".
"Queria felicitar, como tem vindo a decorrer todo o processo de desarmamento, desmobilização e de reintegração, os progressos que Moçambique entretanto registou do ponto de vista económico, o facto desta quinta-feira o Fundo Monetário Internacional ter reaberto o financiamento a Moçambique", disse, destacando ainda "os avanços que tem tido no combate ao terrorismo no norte".
O primeiro-ministro salientou também "a grande compreensão que o presidente [Nyusi] manifestou pelo adiamento" desta cimeira, que esteve agendada para meados de julho, "perante a situação de grave risco de incêndio que Portugal iria viver nessa semana".
A visita oficial de António Costa a Moçambique arrancou esta quinta-feira, com uma cerimónia de homenagem no Monumento aos Heróis Moçambicanos, e termina na sexta-feira.
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