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Depressão Elsa faz dois mortos e deixa rasto de caos e destruição em Portugal

Chuva e ventos fortes destruíram telhados, casas e inundaram cidades.

20 de dezembro de 2019 às 01:30

Dois mortos, um em casa e outro em trabalho, 51 desalojados e mais de 4200 ocorrências, foi este o desfecho da passagem da tempestade ‘Elsa’ por Portugal no dia desta quinta-feira. Na Estrada Nacional 10, na zona de Canha (Montijo), um motoristas de pesados, português, de 50 anos, morreu após o camião que conduzia ser atingido por uma árvore.

Em Codeçais, Castro Daire, o desabamento de uma casa de pedra provocou a morte a Arménio Monteiro, de 61 anos, que estava dentro da habitação e acabou por não resistir aos ferimentos.

Em várias cidades, o dia foi de caos, com inundações em vários locais, como aconteceu em Braga, Guimarães ou Setúbal. Em Vila do Conde, várias vacarias ficaram destruídas, com prejuízos na ordem das centenas de milhares de euros. Já em Paredes, o vento forte destruiu os telhados de um infantário e da casa mortuária.

Na Trofa, 200 pessoas foram retiradas de moto 4 da estação após a subida das águas de um ribeiro.

A queda de quatro árvores na zona do Entroncamento obrigou ao condicionamento da circulação ferroviária na Linha do Norte.

Na região de Lisboa, o transporte fluvial no Tejo foi interrompido, deixando em terra milhares de passageiros de e para o Seixal, Barreiro e Montijo. Apenas as carreiras Cacilhas-Cais do Sodré continuaram a funcionar. Os ventos fortes destruíram parte da entrada do MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, junto ao Tejo, pelo que o espaço vai estar fechado "nos próximos tempos", segundo a Fundação EDP.

Quem também sofreu com os efeitos da ‘Elsa’ foram os mais de mil passageiros da SATA, que não conseguiram viajar para os Açores e interilhas.

Depois da ‘Elsa’, vem a depressão ‘Fabien’

O mau tempo vai atingir esta sexta-feira mais a zona sul do País, mas este sábado, com a chegada da depressão ‘Fabien’, estão previstas rajadas de vento até 120 km/h nas terras altas. Esta quinta-feira, o máximo registou-se na Pampilhosa da Serra (150 km/h). Para os dias 24 e 25, está previsto frio e céu nublado, mas sem chuva.

Danos em 125 linhas de alta e média tensão

Na Régua (Douro), em Chaves e Amarante (Tâmega) e em Águeda, a subida dos caudais dos rios alagaram as margens. Já em Santo Tirso, sete pessoas ficaram desalojadas depois de várias árvores terem caído em cima de uma casa. Em São Pedro da Cova (Gondomar), três irmãos ficaram desalojados na sequência da destruição do telhado da casa.

Na Sobreda (Almada), a queda de um eucalipto provocou danos numa casa e deixou desalojadas nove pessoas, entre as quais três crianças. Não houve feridos. Em Sintra, a principal estrada de acesso à serra foi encerrada, e na ponte 25 de Abril houve condicionamentos de trânsito.

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